quinta-feira, 18 de março de 2021

La Niña deixa verão mais ameno e antecipa chegada do frio em Santa Catarina!

O La Niña é um evento climático natural que ocorre no Oceano Pacífico, resfriando as suas águas e alterando a distribuição de calor e umidade em várias partes do globo. ... O fenômeno La Niña ocorre nos intervalos entre o El Niño e a situação de normalidade das temperaturas do Oceano Pacífico.


 Dia 19 de março é o último dia do verão no hemisfério Sul, que neste ano foi um pouco mais frio que o normal devido à influência do La Niña, inclusive com registros de geada nas regiões mais altas do Planalto Sul catarinense. O fenômeno ainda persiste no outono e será o responsável pela chegada antecipada do frio. Segundo a meteorologista da Epagri/Ciram Gilsânia Cruz, a previsão é de temperatura abaixo da média nos meses de abril e maio.


O La Niña é um fenômeno global que causa resfriamento das águas do Pacífico e gera uma série de mudanças nos padrões de chuva e de temperatura em todo o planeta. Gilsânia explica que neste verão ele favoreceu a chegada de massas de ar frio com intensidade moderada e chuva mais frequente no início da estação em Santa Catarina, fatores que refletiram em temperatura mais baixa durante o dia. O verão também foi marcado por chuva acima da média, muitos temporais e até alagamentos e deslizamentos, principalmente na Grande Florianópolis e no Litoral Norte.


De acordo com a meteorologista da Epagri/Ciram Laura Rodrigues, no outono de 2021 está prevista a chegada de massas de ar frio mais intensas em Santa Catarina em abril e maio, com formação de geada ampla em diferentes regiões do estado, resultando em temperatura abaixo da média. “Em relação à chuva, a previsão é de totais próximos a abaixo da média climatológica”, diz ela. A estação ainda registra a atuação da La Niña, mas o fenômeno vai perdendo força nos próximos meses.

Laura explica que no outono são comuns os chamados veranicos, períodos prolongados de temperatura mais elevada (acima de 30°C), grande amplitude térmica diária (diferença de temperatura mínima e máxima) e nevoeiros associados à nebulosidade baixa, com redução de visibilidade. “Outra característica marcante na estação é a sensível diminuição do volume de chuva, sobretudo nos meses de abril a junho”, diz ela. 

Mesmo assim, a meteorologista ressalta que no outono também podem ocorrer chuvas fortes e volumosas em em curto intervalo de tempo, temporais com raios, granizo e ventania, ondas de frio e períodos de estiagem. “Por isso é importante acompanhar a atualização dos avisos meteorológicos diários da Epagri/Ciram”, reforça.


Gisele Dias
Assessoria de imprensa 


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