A vacinação contra a Covid-19 para adolescentes entre 12 e 17 anos não vai mais começar nesta quarta-feira (1º) na maior parte dos municípios de Santa Catarina. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do estado informou que não chegaram vacinas suficientes. A dose de reforço nos idosos e imunossuprimidos também foi adiada.
Somente poucos municípios que tenham doses disponíveis devem começar a imunização dos adolescentes e o reforço para idosos e imunossuprimidos. As cidades de Canoinhas e Balneário Barra do Sul, no Norte, e Brusque, no Vale do Itajaí, anunciaram o início da vacinação dos adolescentes nesta quarta.
“Em alguns municípios, já tem doses disponíveis, doses que estavam reservadas para os adultos, doses do laboratório Pfizer, e que, a partir do dia 1º [de setembro], já podem utilizar essas doses para a vacinação dos adolescentes. A dose de reforço dos idosos, também foi pactuado com os municípios de ser iniciada agora no dia 1º de setembro, mas essa vacinação irá se iniciar com os idosos acima de 85 anos com as doses disponíveis nos municípios”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.
A previsão da Dive é que a vacinação dos adolescentes e a dose de reforço comecem em todo o estado ainda em setembro. Porém, o estado ainda não recebeu vacinas suficientes para que toda a população adulta catarinense tenha pelo menos a primeira dose contra a Covid.
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde mostrou que o estado precisa receber mais 675.299 doses para vacinar 100% dos adultos em Santa Catarina com a primeira dose.
Conforme a Dive, o estado esperava receber a quantidade suficiente ainda nesta semana, para vacinar os adultos e começar a imunização de adolescentes e as doses de reforço. Porém, na última distribuição, o Ministério da Saúde enviou cerca de 100 mil doses, apenas para aplicação da segunda dose.
Com isso, o estado espera a chegada de mais doses. Quando isso ocorrer, será iniciada a vacinação dos adolescentes e a aplicação da dose de reforço.
“O que nós precisamos é de novas doses que sejam encaminhadas pelo Ministério da Saúde para nós vacinarmos, aproximadamente, 20%, que é o que resta ainda de população adulta ser vacinada”, disse Macário.
Como será a vacinação de adolescentes e a dose de reforço
Quando chegarem as doses, os adolescentes vão receber a vacina da fabricante Pfizer, a única aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esse público.
Segundo a Dive, das doses que chegarem especificamente para vacinar adolescentes os municípios precisam separar 10% para aqueles que tenham comorbidades ou deficiência permanente grave, ou ainda para as garotas gestantes, puérperas ou lactantes.
As outras 90% das doses devem ser aplicadas nos demais adolescentes por faixa etária, da idade maior para a menor, conforme o envio do Ministério da Saúde.
A dose de reforço será para as pessoas acima de 70 anos que já completaram seis meses da segunda dose. O cronograma será em escalonamento de idade, começando por 85 anos ou mais.
Os imunossuprimidos - que têm a imunidade comprometida - poderão receber o imunizante após 28 dias da segunda dose.
Para a dose de reforço, a estratégia adotada é a intercambialidade de imunizantes. Ou seja, a combinação de uma vacina de fabricante diferente daquele que a pessoa tomou as duas primeiras doses, ou a dose única. Para os especialistas, já há evidências suficientes para seguir neste caminho.
“Hoje, nós já sabemos que você aplicar vacinas com receitas diferentes, de laboratórios diferentes, não só é extremamente seguro como também leva a uma proteção ainda maior”, afirmou a infectologista Raquel Stucchi.
Vacinação em SC
Até 20h50 desta terça-feira (31), Santa Catarina havia aplicado 4.766.374 de primeiras doses da vacina, o que corresponde a 65,72% da população do estado.
Também receberam a segunda dose 2.185.647 de pessoas, o que equivale a 30,14% da população catarinense.
G1SC
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