quarta-feira, 13 de abril de 2016

Agenda do Legislativo 13-04 / Audiência reflete desejo de mais ciclovias e estrutura para o ciclismo

Esta noite, a Câmara de Vereadores de Lages promove uma audiência pública que tem como tema a regularização das ligações de água e luz nos loteamentos irregulares e áreas verdes do município.
Proposta pelo vereador Professor Domingos (PT), a audiência tem início às 19h, no Plenário Nereu Ramos do Legislativo Lageano. Qualquer pessoa pode se inscrever a fala até o início da sessão.

Audiência sobre proibição da tração animal é adiada

A reunião de trabalhos que estava marcada para esta quinta-feira (14) foi transferida sine die (sem data definida) pelo proponente, vereador Marcius Machado (PR).


Audiência pública reflete desejo de mais ciclovias e estrutura para a prática do ciclismo

As condições ideais para a prática do ciclismo em Lages, bem como para o uso da bicicleta como transporte, opção de lazer e meio de garantir mais saúde à população foram pontos levantados pelo público presente ao Plenário Nereu Ramos da Câmara na última quinta-feira (7), na audiência pública sobre o tema.
Proposta pelo vereador Marcius Machado (PR), a reunião contou com a presença dos vereadores Aida, Gerson, Hampel e Juliano, de representantes de vários grupos de ciclismo e de autoridades ligadas à área. “Às vezes temos uma ciclovia que parte do nada para lugar nenhum, precisamos mudar este contexto. Temos de lembrar que uma bike a mais é um carro a menos. O instrumento que o vereador tem é indicar, propor, sem que traga custos ao Executivo, mas vamos trabalhar para uma cidade mais feliz e com mais ciclovias”, argumentou Marcius.

População opina e pedem ciclovias estruturas e integradas

            A primeira dos presentes a se manifestar foi a educadora física da Secretaria Municipal da Saúde, Sara Duarte. Responsável pelo programa Pedalando com Saúde, Sara conta que a modalidade apresenta um número maior de adeptos a cada dia em Lages, chegando a quase mil ciclistas amadores, embora ressalte que a cidade não ofereça condições ideais para a prática. Ela destacou como primeiro ponto a ser trabalhada à necessidade de mais respeito e educação no trânsito para pedestres, ciclistas e motoristas.
Sara apresentou outras sugestões como a melhoria na sinalização e pintura da ciclofaixa da avenida Duque de Caxias; revisão da segurança na ciclovia da avenida Belizário Ramos, à beira do rio Carahá; reparos em toda a extensão da ciclovia da Dom Pedro II, que se encontra com buracos e calçadas quebradas; construção de ciclovia na avenida Camões, local de muito movimento e de acesso ao CAV; placas de sinalização para garantir segurança aos ciclistas nos acessos Sul e Norte, já que não existe ciclovia no local; e a criação de uma comissão técnica em conjunto aos ciclistas para revisão do Plano Diretor do Município.
Para o arquiteto e professor de Planejamento Urbano, Altair Baú, o poder público precisa ver a bicicleta como veículo de transporte. “O sistema modal a ser instituído tem que ser visto com outros olhos, como um todo. Precisa de planejamento contínuo e integrado, com origem e destino”, comenta.

Grupos de ciclismo também apresentam sugestões sobre o tema

Integrante do grupo Papa-Léguas, que conta com 76 membros, Moacir Ribeiro disse que pedala com o filho de 12 anos, mas teme pela segurança de ambos devido às condições das ciclovias de Lages. Incentivador do esporte, Luiz Carlos Arruda, da AB Bike Fitness (que conta com 196 integrantes), afirmou que nunca se pedalou tanto em Lages como agora, no entanto, ressalta a necessidade em investimentos públicos em ciclovias e ciclofaixas que auxiliem na mobilidade urbana dos ciclistas.
Policial militar e representante do grupo Ciclistas Lageanos, que conta com mais de 300 participantes, Rafael Della Giustina explica que a maioria dos adeptos busca pedalar fora dos limites urbanos de Lages. Para garantir segurança a estes, ele pediu a instalação de uma faixa exclusiva na avenida Juscelino Kubitschek, no acesso Norte, e manutenção na ciclovia das marginais da BR-282, especialmente em relação as pedras que podem resultar em acidentes.
Em nome dos adeptos do BMX, Tyrone Machado cobrou atenção para com a pista de bicicross localizada ao lado do ginásio Jones Minosso. Ele também perguntou sobre a aplicação em Lages da lei 12.587/2012, que instituiu as diretrizes da política nacional da mobilidade urbana e tornou obrigatória a elaboração de planos de mobilidade urbana aos municípios com mais de 20 mil habitantes. Também indagou sobre o Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta, do Ministério das Cidades, o qual estimula os municípios a implantarem sistemas cicloviários e ações que garantam a segurança dos ciclistas.
            Idealizador do Bike Serra, maior evento de mountain bike da Serra Catarinense, Severiano Hugen ressaltou que as ciclovias precisam ser planejadas e estruturadas, feita através da análise técnica. Mimi Saito apresentou ideias que existem em cidades maiores, como São Paulo, exemplo de bicicletários aos quais as pessoas pudessem alugar a bicicleta ou fechar ruas ou avenidas no fim de semana para que as famílias pudessem andar juntas.

Projetos de reforma de avenidas já são planejados com ciclovias

            Secretário municipal do Planejamento, Jorge Raineski admite que a mobilidade urbana precisa ser trabalhada todos os dias para inverter a lógica de trânsito atual de Lages, que privilegia o motorista e deixa por último o pedestre. As ciclovias e ciclofaixas, segundo Raineski, sempre estão contempladas nos projetos feitos pela Prefeitura, nos locais que respectivamente as comportem. Inclusive conta que foi pelo pedido do Município que se efetivou a ciclovia das marginais da 282.
            O secretário conta que um projeto foi encaminhado à Brasilia para que Lages tivesse aporte financeiro para um programa que interligasse bicicletários com o transporte público, como forma de facilitar a vida dos trabalhadores que utilizam a bicicleta como meio de transporte.
            Raineski foca que todas as mudanças, inclusive do Plano Diretor, ganham mais corpo com a criação do Instituto Municipal de Planejamento Urbano, projeto que deve ser mandado em breve para a Câmara. Para o secretário, é fundamental que o órgão se efetive para que os projetos sejam planejados como forma de governo e não de mandato.

            Discussões com os ciclistas são entendidas como fundamentais pelo Executivo          

Para o gerente de Trânsito em Lages, Adailton Camargo, a audiência precisa ser um pontapé para o início dos trabalhos. Para ele, todos têm que se unir para trabalhar junto e fazer a situação funcionar, até sugeriu que os grupos de ciclistas se reúnam, façam uma mobilização para terem atendidas suas solicitações. Opinião semelhante teve o diretor da Fundação Municipal de Esportes e educador físico, Marcos Antônio de Souza: “Isso incentiva que o Poder Público tenha mais atenção e possa investir em ciclovias e ciclofaixas. E é assim que vai melhorar, se reunindo, discutindo, apresentando ideias e soluções”, comenta.


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