De um
total de 39 mil metros de extensão de redes de esgoto do Complexo Araucária
restam dez mil metros a serem implantados. Também está sendo construída a
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) formada por cinco grandes tanques –
módulos do esgotamento sanitário de seis bairros e de um loteamento, onde
residem em torno de 25 mil pessoas. Na manhã desta sexta-feira (29), o
secretário municipal de Águas e Saneamento (Semasa), Benjamim Schultz, e o
engenheiro de fiscalização Charliston Drehmer, visitaram as obras em áreas dos
bairros Araucária, São Luiz e Santo Antônio.
O
secretário destaca o trabalho já executado de implantação da rede de esgoto em
cerca de 30 quilômetros de ruas, com transposição de riachos, sangas e canais
urbanos, bem como o andamento da construção da ETE. “A rede passa pelos riachos
através de vigas de concreto, tecnicamente chamadas de tubos envelopados, em
meio aos quais são embutidos canos de PVC. E em muitos locais, para que isso
seja feito, é preciso implantar galerias pluviais em substituição aos velhos
pontilhões de madeira”, informa, demonstrando a complexidade da obra.
Em relação
à ETE, Benjamim ressalta a importância do tratamento do esgotamento sanitário.
“Está sendo construído o que há de mais moderno atualmente. O esgoto que passar
pela ETE será despejado no rio, completamente despoluído”, garante. Ao longo de
toda a rede do Complexo Araucária estão sendo implantados tubos de PV de várias
bitolas (400, 300, 200, 250, 150 e 100 milímetros de diâmetro). “Nestas
vistorias os moradores nos procuram para conversar e reclamar dos impactos
sofridos pelas obras e é quando temos oportunidade para explicar detalhes
quanto à complexidade de todo o sistema”, ressalta.
Para
orientar a população da área de abrangência do Complexo Araucária a Semasa
conta com equipe do plantão social que diariamente visita a comunidade. “Mas
sempre é necessária a nossa intervenção direta para a resolução de uma série de
transtornos surgidos no decorrer das obras”, argumenta Benjamim. A construção
da ETE e o gerenciamento e fiscalização de todo o trabalho no Complexo
Araucáriaé feito pelas empresas Krieger Metalúrgica Indústria Técnica e a L’art
Arquitetura e Engenharia (gerenciamento geral), licitadas pela prefeitura.
Benjamin
relata que com o Complexo Araucária, somando-se as demais obras já executadas e
em execução, como as do projeto Ponte Grande, Lages alcançará um índice de 65%
de tratamento de esgoto. “Nunca se investiu tanto em saneamento básico como
agora”, garante. O engenheiro Charliston Drehmer frisa o quanto envolve de
tempo e técnica operacional para uma simples abertura de vala em determinados
terrenos, nos leitos das ruas. “Em certas áreas o terreno contém até 40
centímetros de serragem, de antigos depósitos de serrarias. É preciso escavar
de três a quatro metros de profundidade em áreas de argila e em beiras de
riachos. Têm locais onde são escavados até seis metros ou mais para implantar
caixas de inspeção de rede”, detalha.
Legenda:
Somando-se as demais obras já executadas e em execução, como as do projeto
Ponte Grande, Lages alcançará um índice de 65% de tratamento de esgoto (Foto:
Cao Ghiorzi)
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