Em
audiência pública sobre violência contra a população feminina encarcerada
realizada nesta terça-feira (5) no Senado Federal pela a Comissão Mista de
Combate à Violência contra a Mulher, a deputada federal Carmen Zanotto (PPS-SC)
criticou as condições penitenciárias do país.
De acordo com a parlamentar, que
também participou da CPI do sistema carcerário na Câmara dos Deputados, o
alto índice de doenças nos presídios pode ser explicado por situações que ela
presenciou em visitas.
Segundo Carmen Zanotto, em alguns
estabelecimentos, as visitas íntimas são realizadas em celas coletivas, com até
12 detentas no mesmo espaço. Além disso, falta material de higiene, como
absorvente. "Muitas presas usam miolo de pão coberto com papel higiênico
para conter a menstruação", denunciou.
“Não tem como você não comprometer
outra detenta quando você tem um ambiente insalubre. Nós vimos alguns espaços
em que essas mulheres estão cerceadas da liberdade que efetivamente não são
espaços de recuperação, pelo contrário: são espaços de multiplicação da
violência ou até mesmo de um conjunto de doenças”, relatou Carmen Zanotto.
Na audiência foram
mostrados dados de crescimento expressivo do número de mulheres presas.
Pelo estudo, hoje o país tem 38
mil mulheres apenadas. A comissão propôs como tema uma redução em 8 ou 9
mil, o que no entender das integrantes resolveria o problema de superlotação.
Segundo dados do Levantamento Nacional
de Informações Penitenciárias (Infopen), de 2014, o Brasil tem a quinta maior
população de mulheres presas do mundo e a situação pode piorar nos próximos
anos. A taxa de aumento da população carcerária feminina entre 2000 e 2014 é
considerada alarmante: 517%, enquanto, entre os homens, foi de 220%.
Mais informações
Gabinete Carmen Zanotto
(49) 3223-6018 -
Lages
Assessora: Silviane Mannrich
(61)
3215-5240 - Brasília
Assessor: Sionei Leão
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