UM
PASSO INÉDITO EM DIREÇÃO À MELHORIA DA SAÚDE EM SC
O deputado Fernando Coruja coordenou hoje um amplo debate
sobre o Financiamento da Saúde, no
Plenarinho da Assembleia Legislativa, com a exposição da deputada Carmem Zanotto e a
participação do presidente da União dos Vereadores de SC - UVESC, vereador
Valmir Camilo Scharnosk; deputados estaduais Ana Paula Lima, Antônio Aguiar, Dalmo
Oliveira , Serafim Venzon, Vicente Caropreso e José Milton Scheffer; representantes de Câmaras Municipais e FECAM; presidentes de hospitais do Estado,
Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de SC;
Associação Brasileira dos Portadores de Câncer; Conselho Estadual de
Secretarias Municipais de Saúde- COSEMS, SIMESC e Ministério Público.
A situação precária da Saúde no Brasil foi demonstrada na
exposição de Carmem Zanotto, deputada federal e relatora da proposta de
emenda à Constituição (PEC) 01/2015, que dispõe sobre o valor mínimo a ser
aplicado anualmente pela União em ações e serviços públicos de saúde.
A SAÚDE VAI MAL
Durante sua apresentação sobre o Financiamento da
Saúde, a deputada Carmem Zanotto informou que os estudos realizados pela
Comissão de Orçamento e Financiamento (COFIN) Conselho Nacional de Saúde (CNS)
apontam para uma falta de recursos orçamentários de aproximadamente R$ 16,6
bilhões para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde em 2016, "se
for destinado apenas o valor da aplicação mínima calculado com base na Emenda
Constitucional nº 86/2015".
Segundo a
deputada, o CNS alerta para a confirmação da redução de recursos na ordem de R$
9,5 bilhões para o financiamento das ações de média e alta complexidade no
orçamento de 2016. "Na proposta originalmente encaminhada ao Congresso
Nacional, deixou de ser incorporada a importância de R$ 5,7 bilhões para
transferência aos Estados e Municípios; em seguida, na revisão encaminhada à
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização por meio do ofício
213/2015-MP, de 04 de novembro de 2015, o Ministério do Orçamento, Planejamento
e Gestão cortou mais R$ 3,8 bilhões para transferência aos municípios".
Carmem Zanotto concluiu dizendo que a revisão em curso do Projeto de Lei
Orçamentária de 2016 está penalizando diretamente a população ao reduzir recursos
para o financiamento das ações de média e alta complexidade nos Estados e
Municípios.
Inédito:
Câmaras Municipais encaminham PEC à Assembleia Estadual
Às 15:30h foi entregue ao presidente da Assembleia,
Gelson Merísio o Projeto de Emenda à Constituição do Estado, encaminhado
por 160 Câmaras de Vereadores, visando alterar o inciso I do §2° e o § 3° do
art. 155, para o fim de modificar o percentual mínimo a ser aplicado em ações e
serviços públicos de saúde no Estado de Santa Catarina, que passa de 12% para
15%, gradativamente, em um percentual de 0,5% ao ano.
A UVESC, presidida
pelo vereador Valmir Camilo Scharnosk e os deputados Fernando Coruja, Serafim
Venzon, Vicente Caropreso, Dalmo Oliveira, Ana Paula Lima e Antônio Aguiar,
articularam a ação aprovada pela maioria dos vereadores de Santa Catarina e assim, pela primeira vez, as Câmaras de
Vereadores estão encaminhando à Assembleia de Santa Catarina uma PEC, conforme
prevê a Constituição Estadual em seu Art.49: "A Constituição poderá ser
emendada mediante proposta: III - de
mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa de seus membros".
"As questões relacionadas à saúde em nosso país
exigem soluções rápidas, precisamos avançar, fortalecendo os municípios que
hoje pagam a maior parcela da conta", ressaltou Coruja, lembrando que o
encaminhamento da PEC da Saúde à Assembleia Estadual, através das Câmaras
Municipais - propondo o aumento do repasse dos recursos da Saúde, "é um grande passo nesse sentido"
Essa iniciativa foi aplaudida pelos representantes de
todas as Instituições presentes ao debate, que relataram as imensas
dificuldades enfrentadas atualmente no atendimento à saúde da população.
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