segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Comunidade abrangida pela bacia do rio Ponte Grande se familiariza com a própria fonte de vida

A Defesa Civil apoia e está oferecendo suporte à prática destas orientações ao público, tanto na logística, quanto nos contatos com as associações de moradores

Acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental do campus de Lages da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) prestaram informações acerca da bacia do rio Ponte Grande para moradores da região do bairro Popular em encontro na tarde desta segunda-feira (5), promovido no Centro de Referência de Assistência Social (Cras I). Os universitários da 8ª fase de Engenharia Ambiental, Natan Liz Zambelli e Ana Cantarelli, apresentaram ao público o projeto de extensão intitulado “Minha Bacia”, instrumento cuja serventia é para que as pessoas tenham maior identidade junto ao local onde vivem. “Que não somente saibam onde estão residentes pelo nome da cidade ou bairro, mas que haja afinidade e conhecimento relacionados à bacia hidrográfica, pois a partir do momento em que se tem compreensão e sentimento de pertença os cidadãos poderão adotar atitudes para melhorar esta comunicação com o que as pessoas se sintam pertencentes”, justifica Natan. Em sua primeira fase, o projeto de extensão já teve como público-alvo crianças frequentes ao ensino fundamental. A bolsista Carolina Meurer também faz parte da iniciativa. A Defesa Civil apoia e está oferecendo suporte à prática destas orientações ao público, tanto na logística, quanto nos contatos com as associações de moradores.
Por parte dos alunos, anteriormente foi realizada pesquisa, com análise da área de inundação do rio Ponte Grande, com material fornecido pela prefeitura, trabalhando-se com softwares até ser validada a mancha de alagamento de acordo com a verificação do fechamento dos dados. “Foram feitos somente pequenos ajustes mediante o mapa da prefeitura e posteriormente, as palestras”, reitera o acadêmico.
O projeto será encerrado agora no final deste ano, porém, existe o desejo de renovação de bolsas para que em 2017 seja contemplado o trabalho com a bacia do rio Carahá. “A intenção principal é a conscientização sobre os cuidados com a água. Em nível de Santa Catarina estamos engatinhando no assunto de plano de bacia, o que se reflete nos municípios. Para a comunidade isto ainda é uma novidade. É um trabalho nosso contínuo de informar, extravasar os conhecimentos para fora dos muros da universidade”, observa Zambelli, enfatizando que a região da avenida Belizário Ramos (Carahá) deverá ser o foco no próximo ano. Em 2015 foi a vez da abrangência do bairro Passo Fundo como meta do projeto piloto da Universidade, em que foram relatados tópicos acerca das áreas de alagamento.
A estagiária de Engenharia Ambiental, Roberta Machado representou a Defesa Civil no evento. “Os recursos naturais devem ser motivo constante de educação no nosso dia a dia. Os moradores necessitam entender que toda ação provocada no início da bacia refletirá ao seu final. A preservação é vital ás gerações futuras. Assuntos como destinação correta do lixo e a ligação adequada de tubulação de esgoto à rede formal da rua devem ser pontos recorrentes nas discussões”, alerta Roberta, reconhecendo a interação em linguagem acessível, com perguntas e respostas num método dinâmico de aprendizagem.

Legenda: Planejamento definido pretende focar na bacia do rio Carahá em 2017 (Foto: Sandro Scheuermann)
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