O
avanço da Feira de um ano para o outro é superior a 100%, sendo que durante o
mês o incremento na renda do artesão é de 200%
É de
perder a noção do tempo e de se esbaldar com tanta formosura em um lugar só.
Assim é a reação de quem percorre os stands
da Feira Serra Artesanal, no Calçadão da Praça João Costa, onde estão
localizadas sete entidades parceiras diretas e constantes do Natal Felicidade,
organizado pela Secretaria do Turismo, com 23 dias de uma programação puramente
natalina e em grande parte tipicamente serrana. Os grupos são Exponeve, de São
Joaquim/Entretentos, de Campo Belo do Sul, Associação Tramatusa, Cooperluz,
Associação Lageana de Artesanato, Chico’s Couro, Projeto Ciranda (Samt) e Arte
Terapia. Há também os stands da Secretaria do Turismo e da Câmara de Dirigentes
Lojistas (CDL, com o Natal Solidário, atuando na arrecadação das cartas de
crianças com seus pedidos ao Papai Noel, a serem atendidos por voluntários
interessados em colaborar com um Natal mais feliz aos pequeninos. Mais de cinco
mil itens estão à venda ao todo, com frequente reposição, feitos a partir de
matérias-primas de tecido, velas, couro, lã, pinhão, fruto de pinheiro
americano (pinus),
“barba de velho” e porungo, como exemplos, abrangendo decoração natalina e
domiciliar, utilitários, presentes e alimentícios, como doces caseiros (doce de
leite, de abóbora e de gila).
A
turismóloga da Secretaria do Turismo, Ana Vieira, explica que a Feira abriu no
dia 1º de dezembro e segue até o dia 23, com funcionamento de segunda a sexta
das 14h às 22h; aos sábados das 9h às 22h e aos domingos das 15h às 22h. Ana
recorda que as entidades componentes da Feira Serra Artesanal passaram por
algum processo de consultoria (produtos, gestão ou associativismo) juntamente
ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com
interferência de suporte na parte de sacolas, tags e etiquetas, além do aperfeiçoamento
das peças.
Uma
rede de contatos formatada para 365 dias
A Feira
Serra Artesanal movimenta e envolve aproximadamente dois mil artesãos que
sobrevivem dos trabalhos manuais. “A questão do ofício é um dos critérios na
concepção da Feira, uma vez que a ideologia do Natal Felicidade compreende
sustentabilidade e geração de emprego e renda. A ideia é criar um canal de
contatos, venda e de distribuição durante o ano inteiro a estes profissionais,
engatando um negócio permanente, abrindo novas possibilidades”, esclarece Ana
Vieira, lembrando que não é fácil manter uma Feira a todo vapor ao longo de 23
dias. “Primeiro de tudo o artesão tem de fazer o investimento, e depois vender.
Ele é quem faz tudo. É uma dedicação incrível.”
Esta é a
quarta edição da Feira, contudo, somente a partir de 2014 passou a ser um evento
regional, com convite a outros municípios. Em média, a Feira provoca o giro de
R$ 50 mil em 23 dias de atendimento e comercialização. “Esta é a venda direta,
mas existe a indireta, decorrente destes contatos.” O avanço da Feira de um ano
para o outro é superior a 100%, sendo que durante o mês o incremento na renda
do artesão é de 200%. Na Feira o estoque montado é inteiramente vendido.
Dúvidas
podem ser dirimidas na Central de Informações Turísticas (CiTur), localizada na
rua Nereu Ramos, ao lado da Loja da Samt, de segunda a domingo, das 9h às 19h.
Contato: 3222-8210.
No Lages Garden Shopping,
lageanos e turistas podem conhecer e adquirir produtos manuais na Loja Serra
Artesanal, onde estão situadas as entidades Associação Tramatusa, Associação
Lageana de Artesanato, Chico’s Couro, Projeto Ciranda (Samt) e Arte Terapia. Os
produtos podem ser comprados de segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos
das 14h às 20h. As instituições atuam pelo método de revezamento por escala
apara bem atender os consumidores. Na Rodoviária Dom Honorato Piazera, a
Associação Lageana de Artesanato mantém sua clientela ao longo do ano, bem como
a Samt, na rua Nereu Ramos, e na Casa do Artesão.
Legenda:
Artesãos se prepararam em consultorias do Sebrae (Foto: Sandro Scheuermann)
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Natal
Felicidade
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