sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Etapa regional reúne profissionais da região em Lages


Na discussão está o fortalecimento de crédito, merenda escolar, entre outras políticas públicas, além do conhecimento, com base forte sobre a questão produtiva da agroindústria

Durante o dia inteiro desta quinta-feira (18), acontece em Lages a etapa territorial Serra Catarinense da 2ª Conferência Nacional de Assistência Técnica Rural (CNATER). O evento está sendo realizado no auditório do Instituto Federal de Santa Catarina (Ifsc), no bairro São Francisco. Aproximadamente 100 pessoas participam do encontro, com representações dos 18 municípios da Serra, entre secretarias da Agricultura, escritórios da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), organizações representativas, como sindicatos, associações e cooperativas, e entidades prestadoras de serviço de assistência.
O secretário municipal da Agricultura e Pesca, Moisés Savian, é coordenador do Colegiado Territorial de Desenvolvimento (Codeter), faz parte da comissão organizadora territorial e do Fórum dos Secretários de Agricultura e Meio Ambiente (Forsema). Pela manhã, foi realizada a mesa de debate com perguntas e respostas, tendo como base o tema da atuação e desafios da assistência técnica no território, em que Savian foi o mediador, com participação de representantes da Epagri e da Unitagri. A segunda mesa ressaltou os desafios da assistência técnica na Serra pela ótica dos agricultores, em que o mediador foi o diretor do Cisama, Selênio Sartori, com representantes da agricultura familiar, trabalhadores rurais e agricultores assentados e reassentados.
No período vespertino houve a apresentação da 2ª Conferência e posteriormente, divisão de grupos de trabalho distribuídos em salas de aula do Ifsc, envolvendo três eixos: Sistema Nacional de Ater - fortalecimento institucional, estruturação, gestão, financiamento e participação social; Políticas públicas para a agricultura familiar, e formação e construção de conhecimento na Ater.

Do modelo convencional dos agrotóxicos para o ecológico

No final da tarde tem a apresentação dos resultados e aprovação das cerca de 15 propostas elaboradas pelos grupos, com possibilidade de moções, e eleição dos delegados que participarão das etapas estadual, em 13, 14 e 15 de abril, em Florianópolis e em Brasília no mês de maio. “A intenção é discutir os serviços de assistência técnica, fornecidos pelas prefeituras e pela Epagri e se discutir a articulação entre as esferas municipal, estadual e nacional e o fortalecimento de crédito, merenda escolar, entre outras políticas públicas, além do conhecimento, com base forte sobre a questão produtiva da agroindústria”, salienta Moisés Savian.
Em Lages, segundo Savian, a necessidade maior é a de integração entre os corpos técnicos do município e Epagri. “Estamos recebendo uma chamada de Ater para agroecologia (produção orgânica), ou seja, temos técnicos do Ministério do Desenvolvimento Agrário contratados e atuando no município.” Ou seja, durante três anos cerca de 30 famílias receberão acompanhamento técnico para auxiliar a migrar do modelo convencional (agroquímicos) para o modelo de base ecológica. “O maior desafio é articular estas três frentes (município, Epagri e MDA) num plano único.” Nesta sexta-feira (19) à tarde haverá uma reunião para se discutir o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural, dando rumo para o setor.

Inclusão e permanência do jovem no campo

A delegada do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Luci Choinacki, explica que serão 14 conferências regionais, sendo que a primeira foi feita dois anos atrás. “O objetivo é ouvir como a assistência está funcionando e propor melhorias. Ver a família como um todo e não somente a produção, a exemplo do leite, mel, frutas, verduras e frutas. Portanto, analisar pai, mãe, filho, idosos e a pessoa com deficiência.” Luci diz que é preciso incentivar o produtor a cuidar da sua propriedade e a cultivar o próprio alimento que consome, além de promover a inclusão da mulher, a permanência do jovem no campo e das comunidades quilombolas e étnicas, com respeito a sua cultura e realidade de clima, solo e jeito de viver. “Trabalhamos para que haja fortalecimento dos territórios, se crie uma marca e haja ainda mais união no processo.” As próximas conferências acontecerão em Curitibanos (19), Chapecó (22 e 23), Concórdia (24), Xanxerê (25) e região de Joaçaba (26).


Legenda: Uma das preocupações é a permanência dos jovens no campo. (Fotos: Marcio Avila)

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