No
período de 1º a 30 de janeiro deste ano foram notificados 879 casos de dengue
em Santa Catarina. Desses, 828 (94%) estão em investigação, aguardando
resultado laboratorial, 15 (2%) foram confirmados pelo critério
laboratorial e 36 (4%) foram descartados. Os números constam do boletim
4 de dengue, zika e chikungunya, com dados referentes até a Semana
Epidemiológica n° 4 (1º a 30 de janeiro de 2016), divulgados nesta
terça-feira, 2, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da
Secretaria de Estado da Saúde.
Do total
de confirmados, um (7%) é autóctone, nove (60%) são importados (transmissão
fora do Estado) e cinco (33%) estão em investigação para definição do local
provável de infecção (Tabelas 1 e 2).
Tabela
1: Casos de dengue, segundo classificação. Santa Catarina, 2015 - 2016.
Fonte: SINAN Online (com informações até o dia 30/01/2016).
Tabela
2: Casos confirmados de dengue segundo município de residência e
classificação de Local Provável de Infecção (LPI). Santa Catarina, 2016.
Fonte:
SINAN Online (com informações até o dia 30/01/2016)
Em 2015
foram notificados 11.340 casos de dengue, dos quais 3.618 casos foram
confirmados (32%), 6.813 (60%) foram descartados e 909 (8%) estão em
investigação. Do total de casos confirmados, 3.279 (91%) eram autóctones, 274
(7%) importados e 65 (2%) estão em investigação para identificação do local
provável de infecção. Em relação ao boletim anterior (publicado no dia 26 de
janeiro), dos casos em investigação, foram confirmados mais dois (2) casos de
dengue, que estão em investigação para definir o local provável de infecção.
Comparando
os anos de 2015 e 2016, ate a Semana Epidemiológica 4 de 2015 (31/01/2015),
tinham sido notificados 405 casos de dengue, sendo 109 confirmados como
autóctones. Já em 2016, considerando o mesmo período, foram notificados 879
casos, sendo que um foi confirmado como autóctone, até o momento.
Em
relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em Santa Catarina, até a
Semana Epidemiológica 04/2016 (de 1º a 30 de janeiro de 2016), foram
identificados 905 focos, em 77 municípios. Neste mesmo período em 2015,
tinham sido identificados 1069 focos em 48 municípios.
São 28
municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti:
Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas,
Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul,
Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte,
Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São
Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do
Oeste, Xanxerê e Xaxim. A definição de infestação é realizada de acordo com a
disseminação e manutenção dos focos.
Febre
de chikungunya
No
período de 1º a 30 de janeiro de 2016, foram notificados oito (26) casos
suspeitos de febre de chikungunya em Santa Catarina, todos permanecendo em
investigação.
No ano de
2015 foram notificados 122 casos suspeitos de chikungunya, dos quais quatro
(3%) foram confirmados, 71 (58%) foram descartados e 47 (39%) permanecem em
investigação. Do total de quatro casos confirmados, um foi autóctone do
município de Itajaí e outros três foram importados de outros estados (Tabela
3).
Tabela
3: Casos de febre de chikungunya, segundo classificação. Santa Catarina,
2015-2016.
Fonte:
SINAN NET (com informações até o dia 30/01/2016).
Febre
do zika vírus
No
período de 1º a 30 de janeiro de 2016 foram notificados 36 casos suspeitos de
febre do zika vírus em Santa Catarina. Destes, cinco (14%) foram confirmados
(quatro pelo critério clínico-epidemiológico e um pelo critério
laboratorial), 18 (50%) foram descartados e 13 (36%) permanecem em
investigação.
Todos os
casos confirmados são importados. Estes casos foram identificados em Braço do
Norte, Brusque, Florianópolis e Ipuaçu, e os prováveis locais de infecção
foram os estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro e Sergipe.
No ano de
2015 foram notificados 78 casos de febre do zika virus, dos quais nove foram
confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos importados de
outros estados, (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas,
Gaspar e Pomerode), 62 foram descartados e sete permanecem em investigação.
Tabela
4: Casos de febre do zika vírus, segundo classificação. Santa Catarina,
2015-2016.
Fonte:
LACEN (com informações até o dia 30/01/2016).
Tabela
5: Casos de febre do zika vírus, segundo classificação e município de
residência. Santa Catarina, 2016.
Fonte:
LACEN (com informações até o dia 30/01/2016).
Situação
das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC
A Sala
Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC informa que todos os 28
municípios infestados pelo Aedes aegypti implantaram a sala de
situação municipal. Os municípios de Novo Horizonte e Princesa ainda não
informaram a composição das suas salas.
Informações
sobre as visitas aos imóveis continuam sendo repassadas diariamente para a
Sala Estadual, por todos os municípios 28 municípios infestados.
Dos
333.124 imóveis em área infestada, que devem receber visita até o dia 12 de
fevereiro, já foram realizadas visitas em 152.816 imóveis, representando
45,9% do total. Os imóveis fechados ou que a visita foi recusada totalizam
39.286 (11,7% do total de imóveis existentes).
Os municípios
de Cordilheira Alta, Coronel Martins, Guaraciaba, Maravilha, Nova Itaberaba,
Planalto Alegre, São Bernardino, São Lourenço do Oeste e Xaxim já realizaram
a visita em todos os imóveis das suas áreas infestadas.
Formalizaram
a Sala Estadual solicitação de apoio das Forças Armadas os municípios de
Balneário Camboriú, Florianópolis e Itajaí.
Além da
intensificação nas visitas aos imóveis das áreas infestadas desses 28
municípios, a Coordenação da Atenção Básica da SES/SC emitiu a Nota Técnica
nº 001/2016 e a Sala Estadual realizou uma webconferência no dia 22/01 com os
Agentes Comunitários de Saúde de todos os municípios catarinenses. A
orientação repassada foi que, na rotina das visitas aos imóveis, devem ser
priorizadas as ações de orientação para população sobre as doenças
transmitidas pelo Aedes aegypti, bem como formas de evitar e eliminar
seus potenciais criadouros.
Na
quinta-feira, 4, às 13h30min, será realizada uma videoconferência com todas
as salas municipais, para realizar um balanço das ações realizadas até o
momento, bem como discutir estratégias para a realização do segundo ciclo de
visitas.
Orientações
para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
Evite
usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
Mantenha lixeiras tampadas;
Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura,
principalmente as caixas d’água;
Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;
Mantenha ralos fechados e desentupidos;
Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez
por semana;
Retire a água acumulada em lajes;
Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da
dengue.
Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria
Municipal de Saúde;
Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya o Zika vírus, procure uma
unidade
>>>
O que é dengue?
É uma
doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais
problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pela picada da fêmea do
mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de
cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos
olhos), e manchas vermelhas na pele.
Pessoas
que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti
ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas citados devem procurar
uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.
>>>
O que é febre de chikungunya?
É uma
infecção viral causada pelo vírus chikungunya, que pode se apresentar sob
forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor
de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir para
as fases: subaguda (com persistência de dor articular) e crônica (com
persistência de dor articular por meses ou anos). O nome da doença deriva de
uma expressão usada na Tanzânia que significa "aquele que se
curva".
Pessoas
que estiveram nos últimos 14 dias em cidade com presença do Aedes aegypti ou
com transmissão da febre de chikungunya e apresentar os sintomas citados devem
procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.
>>>
O que é febre do zika vírus?
É uma
doença causada pelo vírus Zika (ZIKAV), transmitido pela picada do mesmo
vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente
como uma doença febril aguda, com duração de 3-7 dias, geralmente sem
complicações graves.
Segundo a
literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações
clínicas. Porém, quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do
exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival
não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e
cefaleia. A artralgia pode persistir por, aproximadamente, um mês.
Informações
adicionais para a imprensa:
Letícia Wilson / Patrícia Pozzo
Núcleo de Comunicação
Diretoria de Vigilância Epidemiológica
Secretaria de Estado da Saúde
Fone: (48) 3664-7406
|
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Saúde divulgou nesta terça boletim atualizado da dengue, febre do chikungunya e zika vírus em Santa Catarina
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