Decretada prisão preventiva de policiais e um homem acusados de homicídio em Lages
A Justiça determinou nesta sexta-feira, dia 20, em Lages, a prisão preventiva de três policiais militares e outro acusado. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por, supostamente, terem matado um homem. A decisão do juízo em decretar a prisão cautelar se deu para assegurar a eficácia das investigações dos crimes de homicídio triplamente qualificado, pelo motivo torpe, meio cruel e surpresa, ocultação de cadáver, além de inserção de dados falsos, por parte de dois policiais.
O cadáver foi encontrado às margens do Rio Caveiras, entre os municípios de Lages e Capão Alto, no dia 1º de julho, com diversas lesões na região da cabeça. A investigação chegou a um suspeito, que havia gravado um vídeo da vítima assumindo a prática de furtos em sua residência. Também foi apurado que no dia 28 de junho uma viatura esteve na casa, oportunidade em que gritos foram ouvidos.
Em interrogatório, o suspeito confessou ter matado a vítima com a participação dos policiais militares. Um deles teria dado um golpe na vítima o deixando quase desacordado. Depois de arrastá-lo, iniciaram as agressões. Já sem vida, o homem foi colocado no porta-malas do carro do réu e levado até a Ponte Velha, local onde foi jogado no rio.
Há provas da materialidade e autoria dos delitos extraídas de declarações de testemunhas, do sistema de videomonitoramento, reprodução simulada dos fatos, laudos periciais, interceptação telefônica, além da confissão parcial de um dos réus.
A decisão judicial diz que a liberdade dos acusados representa perigo por conta de possíveis intimidações às testemunhas. "Nas interceptações telefônicas foram constatadas diversas conversas entre os denunciados buscando engendrar formas de livrar-se da investigação e da responsabilização criminal dela decorrente, inclusive, trocando informações sobre uma das testemunhas, dando a entender que pretendiam ceifar sua vida".
Os mandados de prisão referentes aos policiais militares devem ser cumpridos pelo comando do 6º Batalhão de Polícia Militar e os PMs encaminhados para a sede da corporação. Já o do outro réu, pela polícia Civil.
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