O desenvolvimento de
pesquisas sobre a fosfoetanolamina sintética foi tema de Audiência Pública no
Senado, em Brasília. O encontro, na última quinta-feira (29), reuniu
especialistas no assunto de todo o país. A presidente da Comissão de Saúde da Assembleia
Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputada estadual Ana Paula Lima (PT),
viajou para o Distrito Federal acompanhar o debate.
Pacientes com câncer
em tratamento com as cápsulas de fosfoetanolamina, médicos, pesquisadores e
autoridades estiveram reunidos na Audiência Pública promovida pela Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), em conjunto com duas outras
comissões temáticas. Além das explicações técnicas sobre as pesquisas com a
substância e os entraves envolvendo os estudos e distribuição, os pacientes
também relataram as melhoras com o uso da fosfoetanolamina. Bernadete Ceoffi,
de São Paulo, descobriu no ano passado metástase mamária. A paciente conta que
chegou a precisar de cadeiras de rodas para se locomover, mas após iniciar o
tratamento com a droga, caminha sem auxílio, além de ter interrompido o uso de
analgésicos.
Para a deputada
estadual Ana Paula Lima, o debate é extremamente importante. “A
fosfoetanolamina significa esperança para quem hoje luta contra o câncer.
Precisamos de tratamentos mais eficientes. A pesquisa sobre essa substância
deve ser feita”, afirma. A parlamentar pretende ainda realizar na Alesc o
debate sobre a fosfoetanolamina. “Os pacientes querem respostas. Em Santa
Catarina temos muitos casos de câncer, portanto, é essencial que façamos essa
discussão”, conclui.
O doutor em química e
pesquisador da fosfoetanolamina, Gilberto Orivaldi Chierice, participou da
audiência e afirmou que as pesquisas sobre a droga foram realizadas com
autorização do Ministério da Saúde, inclusive, em seres humanos, e possuem
reconhecimento internacional. De acordo com ele, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a ser procurada, mas sem sucesso. O
morador de Pomerode, Carlos Kennedy Witthoeft, que chegou a ser preso por
fabricar as cápsulas, também participou da Audiência Pública. Para o
catarinense, o momento foi muito importante, representando um marco na luta
pelo tratamento do câncer com a fosfoetanolamina.
A Anvisa se
comprometeu em assessorar os procedimentos de pesquisa e dar prioridade ao
registro da droga. A Agência deve, junto ao Ministério da Saúde e pesquisadores
da USP, constituir um grupo de trabalho para dar celeridade aos processos. A
sociedade de oncologia se colocou à disposição para contribuir com as pesquisas
clínicas, bem como o Ministério de Ciência e Tecnologia, que se dispôs a
produzir o medicamento quando aprovado.
A fosfoetanolamina é
pesquisada há mais de 20 anos pela Universidade de São Paulo (USP), em São
Carlos, e há inúmeros relatos de melhora e cura do câncer com o uso da
substância. As cápsulas eram distribuídas gratuitamente para tratamento, mas a
falta de comprovação de pesquisas sobre a eficácia do produto fez com que a
entrega fosse interrompida.
Espero que a capsula seje liberada antes da regulamentação como tratamento alternativo. E não vamos esperar ter mais pacientes morrendo sem esperaçã de cura. AFINAL 01 MES PARA UM PACIENTE COM CANCER FAZ MUITA DIFERENÇA.
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