sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ana Paula Lima participa de debate sobre a fosfoetanolamina em Brasília

O desenvolvimento de pesquisas sobre a fosfoetanolamina sintética foi tema de Audiência Pública no Senado, em Brasília. O encontro, na última quinta-feira (29), reuniu especialistas no assunto de todo o país. A presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputada estadual Ana Paula Lima (PT), viajou para o Distrito Federal acompanhar o debate.
Pacientes com câncer em tratamento com as cápsulas de fosfoetanolamina, médicos, pesquisadores e autoridades estiveram reunidos na Audiência Pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), em conjunto com duas outras comissões temáticas. Além das explicações técnicas sobre as pesquisas com a substância e os entraves envolvendo os estudos e distribuição, os pacientes também relataram as melhoras com o uso da fosfoetanolamina. Bernadete Ceoffi, de São Paulo, descobriu no ano passado metástase mamária. A paciente conta que chegou a precisar de cadeiras de rodas para se locomover, mas após iniciar o tratamento com a droga, caminha sem auxílio, além de ter interrompido o uso de analgésicos.
Para a deputada estadual Ana Paula Lima, o debate é extremamente importante. “A fosfoetanolamina significa esperança para quem hoje luta contra o câncer. Precisamos de tratamentos mais eficientes. A pesquisa sobre essa substância deve ser feita”, afirma. A parlamentar pretende ainda realizar na Alesc o debate sobre a fosfoetanolamina. “Os pacientes querem respostas. Em Santa Catarina temos muitos casos de câncer, portanto, é essencial que façamos essa discussão”, conclui.
O doutor em química e pesquisador da fosfoetanolamina, Gilberto Orivaldi Chierice, participou da audiência e afirmou que as pesquisas sobre a droga foram realizadas com autorização do Ministério da Saúde, inclusive, em seres humanos, e possuem reconhecimento internacional. De acordo com ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a ser procurada, mas sem sucesso. O morador de Pomerode, Carlos Kennedy Witthoeft, que chegou a ser preso por fabricar as cápsulas, também participou da Audiência Pública. Para o catarinense, o momento foi muito importante, representando um marco na luta pelo tratamento do câncer com a fosfoetanolamina.
A Anvisa se comprometeu em assessorar os procedimentos de pesquisa e dar prioridade ao registro da droga. A Agência deve, junto ao Ministério da Saúde e pesquisadores da USP, constituir um grupo de trabalho para dar celeridade aos processos. A sociedade de oncologia se colocou à disposição para contribuir com as pesquisas clínicas, bem como o Ministério de Ciência e Tecnologia, que se dispôs a produzir o medicamento quando aprovado.
A fosfoetanolamina é pesquisada há mais de 20 anos pela Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, e há inúmeros relatos de melhora e cura do câncer com o uso da substância. As cápsulas eram distribuídas gratuitamente para tratamento, mas a falta de comprovação de pesquisas sobre a eficácia do produto fez com que a entrega fosse interrompida.


Um comentário:

  1. Espero que a capsula seje liberada antes da regulamentação como tratamento alternativo. E não vamos esperar ter mais pacientes morrendo sem esperaçã de cura. AFINAL 01 MES PARA UM PACIENTE COM CANCER FAZ MUITA DIFERENÇA.

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