Os debates e discussões buscando soluções legais sobre o
controle populacional do Javali na região da Serra Catarinense têm sido
intensificados. A Polícia Ambiental, por meio do Grupo de Educação Ambiental
tem orientado moradores da região para tentar controlar a espécie.
Em Ponte Alta o encontro ocorreu no Clube de Caça e Tiro.
Moradores e sócios do clube estiveram presentes. Os policiais falaram sobre o
histórico de entrada dos animais no país, comportamento, alimentação e
reprodução da espécie. Na oportunidade foram abordadas as questões relacionadas
ao impacto econômico, ambiental e de saúde pública relacionados a invasão da
espécie no Estado.
A Polícia Ambiental vê o Javali como um problema muito
grave e afirma que a solução é buscar alternativas legais para combater a
espécie. “Estamos orientando a população de como realizar o abate. Temos uma
preocupação muito grande com a reprodução incontrolada dessa espécie, por isso
estamos intensificando nossos encontros, nos aproximando ainda mais dos
produtores rurais”, explica o major da 4° Cia de Polícia Ambiental de Lages,
Frederick Rambusch.
Sobre
o abate do javali
Desde 2010, existe a portaria estadual 004, que permite a
caça de javali. Mas, para a caça ser permitida é preciso autorização para
transportar a arma, que deve estar registrada.
Quem tiver interesse em abater o animal, que destrói
lavouras com sua força, é preciso levar a documentação na Polícia Ambiental com
o pedido de abate, descrevendo o local e o nome de um atirador profissional
para fazer o serviço. Depois de a polícia permitir o abate, a pessoa precisa
levar o documento para a Polícia Federal ou para o Exército. Somente associados
a clubes de caça e tiro levam a documentação para o Exército.
Os dois órgãos examinarão a legalidade da arma. Se tudo
tiver certo é emitida a guia de transporte definindo o dia e local que a arma
pode transitar legalmente. Depois disso, o abate pode ser feito. A Polícia
Militar Ambiental ressalta que a carne de javali não pode ser vendida por ser
espécie exótica e nem consumida, por se tratar de carne de porco e ter
possibilidade de causar risco à saúde humana.
A Polícia Ambiental verifica, depois do abate, se a carne
foi enterrada no local que foi permitida a caça. Segundo informações da Polícia
Ambiental, neste ano 12 permissões foram concedidas, o que representa um número
pequeno diante da quantidade de javalis na região.
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