Os
consumidores podem aproveitar o dia de comercialização de hortifrutigranjeiros,
bem perto do Mercado, que acontece às quartas e quintas, e adquirir pescados a
preços tabelados, justos e acessíveis
Maria José
Varela e o esposo José Vieira Varela pegaram a estrada cedo nesta quarta-feira
(7) para participar pela primeira vez da Minifeira de Pescados Vivos de água
doce em Lages, vindos de Cerro Negro. Eram 7h quando deixaram sua casa, na
propriedade Sítio Varela, a seis quilômetros do perímetro urbano, com a
caminhoneta carregada com um tanque onde estavam cerca de 100 quilos de peixe,
seguindo pela rodovia SC-390 até Lages, onde chegaram por volta de 8h15min,
percorrendo 78 quilômetros.
Moradores
da zona rural de Cerro Negro, estão oferecendo ao público da minifeira de
piscicultura as espécies carpa capim, húngara prateada e cabeçuda e jundiá,
próximo ao antigo Mercado Público, no Centro. Os consumidores podem aproveitar
o dia de comercialização de hortifrutigranjeiros, bem perto do Mercado, que
acontece às quartas e quintas, e adquirir peixe vivo a preços tabelados, justos
e acessíveis.
O quilo de
carpa, jundiá e tilápia custa R$ 8,00. Neste dia 7 devem ser vendidos no mínimo
200 quilos de peixe. Esta é a quarta edição do evento promovido pela Secretaria
de Agricultura e Pesca com parceria da Energética Barra Grande (Baesa) e do
Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa
Catarina (Udesc). Estagiários do curso de veterinária prestam apoio técnico à
iniciativa.
A família
Varela possui dois açudes onde cultivam, além de carpas e jundiás, cascudos.
Decidiram ingressar neste ramo há mais de sete anos, com renda suficiente para
incrementar o sustento familiar mensal, além dos lucros obtidos com a plantação
de melão e melancia e venda de leite in natura.
O projeto
executado com total suporte da Baesa viabilizou a colocação de sete mil
alevinos da espécie jundiá em seus dois açudes, o que alavancou os negócios.
“Eles doaram os peixes e estão nos auxiliando com capacitações técnicas”,
reitera a produtora. A minifeira será prolongada até durar o estoque. Além de
Cerro Negro, produtores de São José do Cerrito aproveitam para comercializar
seus pescados. Habitualmente a minifeira acontece na segunda quarta-feira de
cada mês, todavia, desta vez foi antecipada por conta da previsão de mau tempo
no dia 14.
Feira
de setembro vendeu mais de 600 quilos
De acordo
com o assessor técnico da Secretaria de Agricultura, Alexsander Antunes, no mês
passado a minifeira iniciou por volta das 8h30min e seguiu até por volta das
16h. Na ocasião foram vendidos mais de 600 quilos. A grande feira, realizada em
abril, durante dois dias da Semana Santa, reunindo diversos produtores da
região, teve venda superior a dez toneladas.
O suporte
técnico fornecido gratuitamente aos cultivadores é essencial para o sucesso
desse tipo de negócio. “Nós realizamos visitas técnicas nas propriedades pelas
redondezas de Lages e acompanhamos de perto o trabalho dos produtores para que
haja um manejo correto e adequado e amenizar riscos de prejuízos, uma vez que
os alevinos devem receber atenção redobrada no seu início de vida, entre os
quatro e seis meses”, diz Alexsander.
Na
segunda-feira ele fez uma visita em uma chácara no bairro Penha, onde um senhor
deseja implantar o cultivo de alevinos de tilápia em um açude. “Esse interesse
nos empolga e é claro que ele terá nosso apoio”, destaca. Já houve cursos
gratuitos no CAV como capacitação acerca da criação. O próprio CAV mantém
aquários com criações como forma de experimentos em sua sede. Segundo
Alexsander, um dos maiores produtores da região é Célio Branco, de Santa
Terezinha do Salto. Ele dispõe, a cada feira, entre 300 e 400 quilos de carpa e
tilápia. Porém, desta vez não pôde participar por falta de mão de obra e outros
empecilhos.
Encomenda
da mãe
A
estudante Daniele Andrade, 18 anos, se deslocou do bairro Cidade Alta, deixou a
mãe no local de trabalho e atendeu seu pedido: passar na minifeira e comprar
peixe. Ela diz que seu avô tem um açude no sítio em Cerro Pelado, São José do
Cerrito. “Vai fazer um ano que compramos alevinos e colocamos lá. Tem 200
tilápias e 150 carpas comuns. Ainda estão pequenas”, comenta Daniele.
Legenda:
Habitualmente a minifeira acontece na segunda quarta-feira de cada mês,
todavia, desta vez foi antecipada por conta da previsão de mau tempo no dia 14
(Foto: Cao Ghiorzi)
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