Diversas
instituições se uniram à Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente para
promover ações que envolvam a comunidade e estudantes pelo uso consciente da
água
Nesta quarta-feira, dia 22 de março, o mundo todo celebra e preconiza a
importância da preservação da água potável e disponibilidade dos recursos
hídricos no meio ambiente. Em Lages, a Secretaria de Serviços Públicos e Meio
Ambiente recrutou diversos parceiros para envolver a população e comunidade
estudantil em diversas atividades, que foram realizadas no calçadão da praça
João Costa.
O evento “Educação – Água para todos” contou com a participação do Serviço
Social do Comércio (Sesc), do Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense
(Cisama), do Instituto José Paschoal Baggio (IJPB), com o projeto Carahá de
Cara Nova e da Secretaria Municipal de Água e Saneamento (Semasa). “Unimos
esforços para promover a conscientização, principalmente com nossas crianças,
para o uso consciente da água. Hoje temos este recurso em abundância, mas daqui
a pouco vai faltar. Então devemos evitar problemas no futuro”, salienta o
secretário do Meio Ambiente, Euclides Mecabô (Tcha-Tcha).
Alunos de diversas idades e escolas convidadas participaram das atividades de
educação ambiental. Crianças foram convidadas a deixarem o seu recado, confeccionando
cartazes chamando a atenção da própria comunidade para não desperdiçarem água
potável. “Pequenas atitudes podem fazer a grande diferença. Trabalhar na
educação, com este pressuposto, de que podemos encontrar alternativas
interessantes para o consumo correto da água para as atividades domésticas, com
certo controle, começam a surtir efeito”, comenta uma das organizadoras do
evento, Silvia Oliveira.
Reciclagem
da água da chuva
Uma equipe do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental do Centro de Ciências
Agroveterinárias (CAV), esteve presente apresentando um sistema alemão de
captação da água da chuva, como uma das alternativas de reciclagem da água,
evitando o desperdício. Muito comum na Alemanha, o sistema pode ser implantado
nas residências a um custo baixo, comparando com o tamanho da economia na conta
da água.
O sistema
pode ser comprado pronto em lojas especializadas, ou improvisadas de forma
criativa, utilizando canos, galões e uma caixa d’agua. A água captada pode ser
utilizada para serviços domésticos, como lavar o carro, as calçadas e até
roupas, embora não possa ser consumida ou usada no banho. Responsáveis pelo
departamento de engenharia sanitária da universidade se dispõem a dar
orientações aos interessados, através do telefone (49) 3289-9261.
Monitoramento
do rio Carahá
O principal rio urbano de Lages, com oito quilômetros de extensão que cortam a
cidade, as águas do rio Carahá foram monitoradas. O resultado preliminar foi
apresentado no evento desta quarta-feira e o assunto será discutido mais
profundamente em uma reunião do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
(Condema).
O trabalho foi realizado durante oito campanhas de coleta, onde foram
selecionados 16 pontos do rio a serem estudados, com espaço de 500 metros de
distância entre eles. Instrumentos importados foram utilizados para medir a
vazão do rio e as análises da água foram realizadas por métodos tradicionais,
baseados em tecnologias internacionais.
O índice de qualidade de água apresentado foram um somatório de nove parâmetros
elencados sobre o impacto do esgoto doméstico depositados em rios. Verificou-se
que, dos 16 pontos, um único encontra-se razoável, podendo ser tratado, mas os
outros são ruins, ou seja, não é possível um tratamento garantindo que a água
coletada se torne potável.
A água até poderia ser utilizada para outros fins, mas somente depois de um
tratamento muito avançado, conforme explica o professor do curso de Engenharia
Ambiental e Sanitária do CAV, Everton Skoronski. “Lages conta com um sistema de
tratamento de esgoto, um dos mais modernos no Brasil, funcionando muito bem,
mas ainda opera com uma vazão baixa, comparando o volume de esgoto na cidade.
Sabemos que em breve serão instalados novos equipamentos para a ampliação do
volume de água tratada na estação. Nossa expectativa é que depois disso,
voltamos a realizar a análise da água novamente, para verificar o impacto que
teve sobre a qualidade do rio”, afirma.
O Cisama
também trouxe uma maquete para exemplificar a formação da bacia hidrográfica
dos rios da região e a importância da sua preservação, chamando a atenção do
público que pedia por explicações.
Fotos:
Carlos Alberto Becker
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