O
problema da falta de medicamentos se arrasta desde janeiro. Os estoques estavam
praticamente zerados quando a nova equipe da administração municipal assumiu a
gestão. Também não havia sido encaminhado um processo licitatório
Nas
primeiras horas da manhã desta quinta-feira (23) pessoas já formavam filas na
Farmácia Básica do município, vinculada à Secretaria da Saúde. O motivo da
aglomeração foi a chegada de uma carga de remédios para renovar o estoque, que
estava em situação precária.
O problema
decorrente da falta de medicamentos básicos se arrasta desde janeiro deste ano
e chegou a uma situação crítica. De acordo com o diretor administrativo da
Secretaria, Rafael Peletti, os estoques estavam praticamente zerados quando a
nova equipe da administração municipal assumiu a gestão. Também não havia sido
encaminhado um processo licitatório para a aquisição de mais remédios, processo
que normalmente é moroso e, dependendo do número de recursos solicitados pelos
concorrentes, pode ultrapassar os 90 dias.
Foi
necessário iniciar todo o processo, desde o quantitativo e orçamentos, para
realizar uma compra emergencial, com dispensa de licitação para que a Farmácia
Básica pudesse atender a demanda. “Recebemos o almoxarifado com estoque de
medicamentos muito reduzido e a maioria dos funcionários de férias,
dificultando a agilidade em montar o processo de compra. Fizemos uma verdadeira
força-tarefa, com um mutirão entre os funcionários, para conseguir tomar as
providências o mais rápido possível”, afirma Peletti.
O contrato
emergencial com seis fornecedores foi homologado no dia 6 de março, no valor de
R$ 310 mil. A compra compõe 83 itens de medicamentos, dos quais já foram
entregues 54 e outros nove devem chegar até segunda-feira (27). O restante
chegará nos próximos dias, conforme o compromisso firmado com outros
fornecedores. “Os próprios fornecedores também apresentam problemas, pois nem
sempre eles têm os medicamentos solicitados no estoque. Mas temos muitas
parcerias, até mesmo com hospitais, que nos emprestam medicamentos ou fazem um
adiantamento para que possamos amenizar a situação”, declara o diretor.
A demanda
de pessoas que procuram pelos remédios aumenta a cada semana, não dando
condições de se ter uma previsão precisa do estoque para os próximos meses. A
expectativa de que o alívio à população, que busca por medicamentos todos os
dias, seja de aproximadamente um mês e meio, até que a licitação que está em andamento
esteja concluída ou ao menos bastante adiantada. Este processo licitatório para
aquisição de remédios deve atender, além da Farmácia Básica, o Centro de
Atenção Psicossocial (Caps), o Pronto-Atendimento Tito Bianchini, a Policlínica
e todas as 23 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Fotos:
Carlos Alberto Becker
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Definida a data
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