quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia Internacional da Mulher traz à tona discussões relacionadas ao novo olhar sobre o papel feminino na modernidade

Com a “efervescência” das redes sociais, são rotineiras as manifestações opiniáticas de homens e mulheres na abertura da livre discussão sobre uma sociedade igualitária

   Mais uma data alusiva à mulher se aproxima e são cada vez mais intensos os temas calorosos que chegam às rodas de conversa em pleno século XXI, relativos as novas posturas femininas e da sociedade, seus direitos, sua liberdade de expressão, de ação, bem como as polêmicas em volta de assuntos como a violência obstétrica e a doméstica, sexualidade, gênero, equiparação profissional e salarial, independência financeira, chefia de família e decisões acerca da opção ou não pela maternidade.
   Em Lages, neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, quarta-feira, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) da Secretaria de Assistência Social e Habitação promoverá, juntamente à Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac)/Programa de Pós-Graduação/Mestrado em Educação, Grupo de Pesquisa, Gênero, Educação e Cidadania na América Latina (Gecal) e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), o III Seminário Regional Educação, Gênero e Sexualidades no auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), com emissão de certificado.
   A programação iniciará às 19h com a cerimônia de abertura. Em seguida, às 19h15min, será proferida a palestra intitulada “Mulheres e política”, com Alessandra Ghiorzi, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc). Às 20h será a vez da palestra “Mulheres e Diretos Humanos”, com Josilaine Antunes (Uniplac), seguida, às 20h30min, pelo tema “Machismo no movimento revolucionário - uma reflexão do papel da mulher no combate à Ditadura Militar no Brasil”, com a historiadora Suzane Faita. Por fim, às 21h, haverá a palestra “Mulheres e a relação com a mídia”, com a jornalista Camila Paes.

Parada no Calçadão

   No mesmo dia será promovida a Parada Internacional da Mulher, com encontro de categorias de trabalhadores na Praça Joca Neves às 9h e concentração no Calçadão da Praça João Costa às 13h30min. Em caso de chuva, as atividades serão transferidas para o Teatro Marajoara. Na programação constam marcha, ato público, almoço comunitário, palestras e premiação Mulher Trabalhadora.
   O evento será realizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Cisama/Amures, Núcleo de Desenvolvimento Territorial (Nedet Serra Catarinense-UFFS), Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH-SC), Marcha Mundial de Mulheres (MMM-SC), Grupo de Pesquisa, Gênero, Educação e Cidadania na América Latina (Gecal/Uniplac), Fórum Regional de Economia Solidária (Fres), Fórum Sindical e de Entidades em Defesa do Trabalhador Serrano, Federação de Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-SC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Trabalhadores (as) Sem Terra (MST) e Comissão de Mulheres Advogadas da OAB-Lages.
   A Secretaria de Políticas para a Mulher e Assuntos Comunitários cedeu estrutura física ao evento. O Conselho dos Direitos da Mulher tem como presidente Erli Aparecida Camargo, e a Secretaria-executiva dos Conselhos Municipais, através da secretária Mara Rita da Silva e equipe, presta suporte ao evento.

Feira na Praça da Catedral

   A Feira Regional de Economia Solidária funcionará no dia 8, das 8h às 17h, na Praça João Ribeiro (Praça da Catedral), quando haverá comercialização de produtos coloniais e artesanatos variados.

Informações que assustam

   Dos municípios de Santa Catarina, em 2015, Lages apresentou o maior número de inquéritos policiais relacionados a ocorrências envolvendo violência contra a mulher. Entre os principais problemas enfrentados pelo público feminino no Brasil estão os tipos de violência de gênero, intrafamiliar, psicológica, doméstica, física, sexual, econômica, financeira e institucional.

Origem

   O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março. A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu no final do século XIX e início do século XX nos Estados Unidos, e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, e de direito de voto. Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas por direitos das mulheres trabalhadoras.

Foto: Ary Barbosa
 


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