Município e Seara firmam acordo em relação a terreno para a Berneck
A prefeitura já depositou os R$ 753.300 em juízo e
agora basta a transferência da quantia
Como
pretende fazer quinzenalmente, o prefeito Antonio Ceron recebeu profissionais
dos principais meios de comunicação de Lages na manhã desta quarta-feira (2 de
maio) em entrevista coletiva concedida na prefeitura. Entre os principais
assuntos esteve a instalação da empresa Berneck.
No final da manhã, a Procuradoria Geral do Município (Progem) informou que
acabou de firmar um acordo com a empresa Seara Alimentos Ltda., sobre a
desapropriação do terreno às margens da BR-116, próximo à divisa com Capão
Alto. O acordo entre a prefeitura e a Seara, formalmente denominado Termo de
Acordo de Desapropriação, foi apresentado na Justiça no valor de R$ 753.300,
mesmo valor constatado pelo laudo técnico proveniente da avaliação do
Município. Este resultado irá gerar uma economia aos cofres públicos na ordem
de R$ 137.956, pois o Judiciário havia determinada avaliação feita por oficial
de Justiça, cuja avaliação apresentou o valor de R$ 891.256.
O
terreno em questão mede 339.649,95 metros quadrados, sendo terra nua e
reflorestamento de pinus,
margeia o rio Caveiras, e é um dos visados pela empresa Berneck S.A. Painéis e
Serrados para sua instalação, além de uma área paralela, pertencente à família
Arruda Schroeder. O Município já depositou os R$ 753.300 em juízo e agora basta
a transferência da quantia. Da mesma forma, o valor de R$ 2,570 milhões da
segunda área já estão depositados em juízo para a família.
O
terreno da família conta com 576.943,02 metros quadrados, formado por terra nua
e pinus. Neste
caso, o Município apresentou laudo técnico depois de avaliação, em que a área
foi avaliada em R$ 2,570 milhões. Na sequência dos trâmites, o Judiciário
decidiu por mandar um oficial de Justiça realizar uma avaliação, chegando-se ao
valor de R$ 2.639.510,50, em laudo, uma diferença de R$ 69.510,50.
Após,
a família Arruda Schroeder entrou com recursos no Tribunal de Justiça (TJ/SC)
que, por sua vez, determinou uma perícia judicial feita por técnico. Este
trabalho do perito judicial já foi iniciado e deve ficar pronto em no máximo 30
dias.
Segundo
a Progem, os atuais proprietários reivindicam com valores de 2016, na ordem de
R$ 6.783.460 milhões. A diferença entre o valor averiguado pelo Município e o
solicitado pela família é de R$ 4.213.460 milhões e a diferença entre o valor
apontado pelo oficial de Justiça e o da família é de R$ 4.143.950 milhões.
Conselhos de Pais e Professores
De
acordo com a Procuradoria Geral do Município (Progem), na ação coletiva dos
Conselhos de Pais e Professores (CPPs), mais de R$ 1,300 milhão do Município em
verbas da Educação foram penhorados (sequestrados). Depois, os valores foram
sacados para se pagar rescisões trabalhistas dos funcionários de CPPs, dinheiro
este vinculado e impenhorável por ser verba da Educação, prejudicando mais de
15 mil alunos da rede pública municipal de ensino, segundo o procurador geral,
Agnelo Miranda. Por enquanto, o processo está no Tribunal Regional do Trabalho
(TRT), que isentou o Município da responsabilidade em pagar, e poderá ser
encaminhado ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). O Município reverteu a
decisão no TRT por unanimidade.
A
municipalidade terá de resolver a questão, pois por causa deste penhor
anterior, há risco de bloqueio de outros recursos de convênios e programas
junto ao Ministério da Educação (MEC). Simultaneamente, ações individuais estão
em curso. “Os CPPs são imprescindíveis no andamento dos trabalhos durante o ano
letivo dentro das escolas. Acreditamos que o impasse será resolvido da melhor
forma possível e dentro, obviamente, dos parâmetros legais”, pontua o prefeito
Antonio Ceron.
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