Facisc
divulga manifesto pelo fim das paralisações e a retomada do trabalho
A
Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina apoiou inicialmente o
movimento dos caminhoneiros. Porém, agora repudia a infiltração política e
conclama empreendedores e trabalhadores a voltar ao trabalho.
Confira
na íntegra o manifesto divulgado hoje, 29/5, assinado pelo presidente Jonny
Zulauf e enviado à Presidência da República, Governo do Estado, parlamentares e
demais autoridades.
AO
TRABALHO
Na
condição de entidade representativa de todos os segmentos empreendedores do
Estado de Santa Catarina, inclusive dos transportadores em todas as suas
configurações, como os autônomos, fomos complacentes com o movimento que
paralisou o país na defesa de seus interesses. Em moções diretas à Presidência
da República, provocamos os dirigentes em agirem com celeridade nas
negociações, ratificando as denúncias em pauta.
Muitas
podem ser as críticas à condução inicial do processo pelo Governo Federal, bem
como ao atendimento das legítimas reivindicações originais dos caminhoneiros.
As concessões do Governo, mesmo com a demora e com a evidente transferência
dessas diretamente a todo o povo brasileiro, permitem o retorno à normalidade
das atividades econômicas com o abastecimento e circulação de bens e
mercadorias.
Os
efeitos em prejuízos já se contam aos bilhões de reais para o Estado, para
a iniciativa privada e para as famílias. Urge, agora, a busca imediata da
retomada de atividades, sendo inaceitável qualquer manutenção de mobilização ou
alteração de foco do movimento, no sentido de inibir a retomada de todo
segmento produtivo, destacadamente a comercialização de combustíveis.
Evidências
de infiltrações de tumultuadores e agitadores nos movimentos legítimos havidos,
com claros interesses políticos difusos, devem ser denunciados e repudiados,
impondo-se, agora sim, rigor absoluto ao insustentável propósito de parar, ou
manter imobilizado o país.
Em
nome de todos os empreendedores catarinenses, a ordem é no sentido de rechaçar
qualquer resistência em sentido contrário, inclusive exigindo dos governos, por
seus órgãos competentes, que sejam aplicados os essenciais meios de
restabelecer a ordem e livre exercício de qualquer demanda empresarial, em
defesa dos negócios, dos bens e patrimônios já prejudicados.
Nossas
bandeiras de combate à corrupção, à ineficiência e gigantismo do Estado, em
todos os seus serviços e indistintamente a todos os poderes da república que
perdulariamente muito pouco fizeram ou fazem para por fim ao movimento, um
grito da sociedade brasileira, visando a diminuição de custos e permanente
necessidade de aumentar tributos.
Quanto
às soluções do Governo ao impasse, inclusive de repassar à sociedade os ônus
conferidos à malfadada Petrobrás, que já deveria estar privatizada, no
constitucional princípio da concorrência e livre iniciativa, que busquem verbas
em sua própria estrutura, inclusive rendas de servidores, suspendendo
reajustes.
Conclamamos
todos ao trabalho, com ordem e garantias que devem ser conferidas ao Governo,
afastando pelas prerrogativas legais, qualquer obstáculo em permitir que o
nosso povo volte a produzir e buscar o seu sustento, inclusive os
caminhoneiros. Muita novas contas se acumularam e estão aí para pagar.
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