quinta-feira, 19 de março de 2015

Município apresenta projetos de reaproveitamento de água da chuva

Apesar de termos o aquífero guarani e a certeza de água em abundância por um bom tempo, precisamos nos inserir em um contexto global de economia, pois água tratada traz custos altos para o município e para o bolso do consumidor.” Jorge Raineski

O iminente risco de falta d’água em algumas regiões do país traz à tona discussões acerca do problema e os órgãos públicos passam a ter ainda mais preocupações com relação à apresentação de soluções. Nesta terça-feira (17) os secretários de Planejamento, Jorge Raineski, do Meio Ambiente, Mushue Hampel, e de Águas e Saneamento (Semasa), Benjamin Schultz, participaram da sessão da Câmara Municipal apresentando propostas e projetos desenvolvidos pelo Executivo referentes ao reaproveitamento de água das chuvas e contenção de alagamentos e enchentes.
Com relação aos prédios públicos em construção, a Secretaria de Planejamento, de acordo com a adequação do Plano Diretor da cidade, cumpre determinações que vão desde a sustentabilidade até a consciência ambiental dos usuários. Cisternas que possibilitam o reaproveitamento das águas da chuva são implantadas, sempre com o cuidado de haver um filtro de impurezas que venham junto com o sistema pluvial.
É um investimento que será revertido em economia de água ao longo do tempo. “Os primeiros dez minutos de chuva não são ideais para serem reaproveitados, pois vêm sempre com sujeira do telhado, dejetos de passarinhos. Existe uma boia que faz com que essa água inicial seja descartada, o restante vai para um armazenamento que servirá posteriormente para limpeza, regar as plantas e até mesmo encher as piscinas”, explica o secretário.
Há outras formas de economia que serão incentivadas, como a reutilização da água da máquina de lavar roupa, que na maioria das vezes é descartada no ralo e poderia ser usada para a limpeza da casa ou no vaso sanitário. “Um dos maiores consumos de água é na lavagem de roupas e na descarga sanitária. Esse problema pode ser amenizado construindo um sistema de armazenamento e canalização da água da máquina de lavar, que poderá ser usada no vaso”, diz Raineski.

Permeabilidade do solo diminui as enchentes
Além do cuidado com os prédios públicos, a administração municipal pensa nas áreas externas, como a impermeabilização do solo. Há bastante tempo as enchentes em Lages causam preocupação do poder público, seja pelo represamento da água do rio Caveiras em dias de chuva forte ou pelo grande volume de chuva em pouco tempo, impedindo a vasão mais rápida do rio Carahá. O problema é agravado com a falta de permeabilidade do solo.
Cada vez que se asfalta uma rua ou constrói um prédio aumenta a zona de impermeabilidade, fazendo com que toda água da chuva escoe mais rápido ao rio. Com o crescimento da cidade isso pode ser revertido de várias formas: através da implantação das cisternas que retém essa água para posterior reutilização, ou então aumentando a permeabilidade do solo através da implantação de pavers nas calçadas e paralelepípedo nas ruas, ajardinamento em casas e prédios, uso de pisos-gramas e outros elementos que o município já vem adotando para reter a água da chuva e impedir que escorra toda ela para o rio. Um dos lugares onde se encontra piso-grama é na praça João Ribeiro (praça da Catedral).


Nenhum comentário:

Postar um comentário

O e-Título ainda pode ser baixado gratuitamente para o 2º turno de votação

  [Trescimprensa] O e-Título ainda pode ser baixado gratuitamente para o 2º turno de votação Responder para o remetente   Hoje 14:4 O e-Títu...