A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), coordenadora da Bancada
Feminina, reforçou, ontem, a luta em defesa da cota mínima de 30% das
cadeiras das duas casas do Parlamento (cerca de 150 deputadas e 25 senadoras)
para as mulheres.
A parlamentar, durante audiência pública realizada
terça-feira pela comissão da reforma política, reforçou que a medida seja
adotada em todas as casas legislativas (assembleias e câmaras de vereadores
também) do país.
Na reunião, as deputadas defenderam que a cota seja incluída
na proposta de reforma política.
“Se queremos fazer uma reforma de verdade, é preciso reduzir
a desigualdade entre homens e mulheres no Congresso, que precisa dar o exemplo.
É preciso rever urgentemente essa situação. A lei atual não é a ideal”, afirmou
a deputada.
A vice-líder do PPS se refere à atual legislação eleitoral
que obriga os partidos e coligações a preencherem, no mínimo, 30% das vagas
indicadas para as eleições proporcionais com candidatas é só primeiro passo.
“Essa ação afirmativa que busca maior espaço às mulheres na política é
importante, mas não avança na garantia efetiva da presença das mulheres na
política”, disse Carmen.
Ela destacou ainda, que a presença feminina nas instâncias
de poder deixa a desejar no país.
“A Câmara conta apenas com 51 deputadas dos 513
parlamentares. No Senado não é diferente: 12 das 81 cadeiras. Temos a
pior representação feminina da América do Sul. Perdemos feio para alguns
países do Oriente Médio, onde a atuação política é um privilégio dos homens”,
revelou a parlamentar.
Temer
A proposta de cota recebeu o apoio do articulador político
do governo, vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que, em reunião
com o grupo, comprometeu-se a colaborar com a Bancada Feminina.
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