“Sempre
ouvimos falar de Lages e da região e acreditamos ser um bom exemplo,
principalmente para as pessoas que estão iniciando no turismo rural e ainda não
tem tanta experiência.” Dagmar Pedroso
Logo nas
primeiras horas desta terça-feira (5) a Secretaria de Turismo recebeu a visita
de um grupo com aproximadamente 40 pessoas vindas do Paraná, recepcionado pelo
secretário Flávio Agustini. São empresários do ramo, turismólogos, gestores
públicos e novos empreendedores que vieram especialmente para conhecer a
Princesa da Serra, cidade-berço do turismo rural e pertencente a uma das
regiões com maior potencial turístico do Sul e até do país, se tratando de
belezas naturais.
A primeira
parada na secretaria foi intermediada por uma conversa, questionamentos e
trocas de experiências entre os integrantes do grupo, oriundos de seis
municípios paranaenses: Serranópolis do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon, Santa
Helena, Medianeira, Missal e Entre Rios do Oeste. Após houve um passeio pelos
principais pontos da cidade, acompanhados pela guia de turismo Laura Lange, da
agência Lia Ramos e Turismo, e um almoço na Fazenda Pedras Brancas.
A viagem
foi proporcionada através da Adetur Cataratas e Caminhos, agência que representa
17 municípios paranaenses, a maioria lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu
(PR), onde está localizada as famosas Cataratas do Iguaçu. O secretário falou
sobre a história de Lages e a ascensão do turismo rural no município, as
características das fazendas pioneiras na atividade e os principais desafios
para manter-se forte, conquistando o Brasil com seus atrativos peculiares, até
se tornar a capital do Turismo Rural no anos 90, quando foi criada a Associação
Brasileira de Turismo Rural – Abraturr.
Desafios
Flávio
Agustini diz que um dos desafios do poder público é incentivar os pequenos
empreendedores a fomentar seus negócios e manter-se na atividade. “Por isso o
associativismo é muito importante, pois a união faz a força”, destaca. Muitas
sugestões de fomento do turismo rural surgiram durante o bate-papo e uma das
dicas foi a criação de roteiros e atividades diversas, explorando o potencial
natural das fazendas com cavalgadas, passeios de charrete, visita a cachoeiras,
acompanhamento das atividades rotineiras no meio rural, como a ordenha das
vacas, trabalhos na horta, entre outros.
Isso tudo
faz com que os turistas vivenciem como é a vida no campo. “E é isso que eles
procuram. O conforto não precisa estar atrelado ao luxo, pelo contrário, uma
ambiente rústico, porém confortável, vem ao encontro dos anseios dos turistas
que buscam a qualidade de vida”, comenta o secretário. A turismóloga de
Medianeira, Dagmar Pedroso, comenta que o grupo veio em busca de subsídios para
continuar um trabalho voltado ao turismo que se iniciou lá.
As
principais dificuldades da região paranaense, segundo ela, é incentivar os
próprios empreendedores de que esta é uma atividade interessante e rentável
para as pessoas que vivem no campo. Depois a sensibilização turística da própria
comunidade, com trabalhos pedagógicos realizados nas escolas, incentivando que
a população local visite os atrativos e por fim a captação de recursos com
apoio do poder público. “Nossa região é altamente agrícola e conta com algumas
agroindústrias. O turismo está muito mais atrelado aos visitantes que vem ao
destino conhecer as Cataratas. Então esse é o nosso desafio, levar mais
informações e incentivar o desenvolvimento de outras possibilidades, caso do
turismo rural”, argumenta.
Produtos
integrados
Foi
apresentado o calendário de eventos de Lages, tendo como principal a Festa
Nacional do Pinhão, atraindo milhares de pessoas que ocupam 100% da rede
hoteleira, fomentam a economia, atrai recursos, proporciona lazer à população e
projeta o nome do município a nível nacional. “Sempre ouvimos falar de Lages e
da região e acreditamos ser um bom exemplo, principalmente para as pessoas que
estão iniciando no turismo rural e ainda não tem tanta experiência”, diz.
A
turismóloga da Secretaria de Turismo de Lages, Ana Vieira, diz que é preciso
ainda estimular o turista a ficar mais tempo na cidade quando ele vem para
algum evento, oferecendo outros atrativos. “Hoje a permanência média é de 1,42
dia”, informa. Para o secretário Flávio Agustini, o turismo se faz de forma
integrada e a troca de experiências é muito importante. “Eles tem um potencial
turístico enorme com as Cataratas e o Parque do Iguaçu. Cada região tem sua
realidade local, mas o mais importante é valorizar a cultura, os costumes e a
tradição de cada comunidade. A parceria, o associativismo e a criação de
produtos integrados é bom para o fomento do setor”, diz.
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