terça-feira, 24 de agosto de 2021

Empreendedora de SC larga cigarro, muda hábitos e perde 18 quilos em um ano: 'Desistir eu nunca pensei, mas tive dias difíceis'


 Moradora de Florianópolis incluiu exercícios físicos na rotina e agora quer perder mais 11 e sair da condição de sobrepeso.

A empreendedora Ivana Tereza Galm, de 38 anos, mora em Florianópolis e no último ano realizou uma mudança de vida. Ela decidiu parar de fumar em 2019, mas o hábito foi substituído pela comida. Quando a pandemia do novo coronavírus começou, a mulher pesava 87 quilos, e em pouco mais de oito meses engordou mais 13.


Quando resolveu adotar novas rotinas, em agosto de 2020, procurou ajuda de profissionais, alterou a alimentação e inseriu a prática de exercícios físicos. Com 18 quilos a menos, Ivana quer perder mais 11 e sair da condição de sobrepeso.


"No início foi mais difícil porque associava muito a comida a recompensa pelo trabalho, pós graduação, parar de fumar. Mas se em um dia eu comia algo que sabia que não era 'ok', não desistia no outro dia, começava tudo de novo. Desistir eu nunca pensei, mas teve dias mais difíceis. A bicicleta foi uma parceria que deu certo", disse.

A "virada de chave", segundo ela, veio por meio da observação que estava com azia constante.

"Esse foi o principal fator, mas havia outros sintomas que já indicavam excesso de açúcar/triglicerídeos. Minha irmã me convenceu a procurar uma nutricionista para me ajudar com peso e endocrinologista porque era bem provável que eu tinha síndrome de ovário policístico pelos meus sintomas", relembra.
Após realizar os exames solicitados pelas profissionais, ficou demonstrado que todos os marcadores de Ivana estavam desregulados.

"Desenvolvi pré-diabetes, triglicerídeos, colesterol, pressão alta. Os hormônios desregulados pela síndrome de ovário policístico causavam ainda mais resistência à insulina. Passei a tratar a síndrome com anticoncepcional e a mudei a alimentação. Mas as duas médicas [nutricionista e endocrinologista] foram bem claras: é preciso fazer exercício físico ao menos três vezes por semana", disse.

Mudança
Ivana conta que o segundo passo para dar início da mudança foi a compra de uma bicicleta para realizar exercícios. O noivo dela também ajudou durante o processo. Os dois atualmente se exercitam juntos e comem de maneira mais saudável também.

"Eu tenho certeza que não vou recuperar o peso porque não deixei de comer nada que eu gosto. Como um lanche ou tomo um milkshake sem culpa, mas na maioria do tempo como de forma saudável. Eu passei a comer mais, por incrível que pareça, porém muito melhor. Inclui frutas, verduras, oleaginosas, proteínas", explica.
A empreendedora afirma que o exercício físico foi fundamental para controlar a ansiedade, que refletia na maneira como comia. O processo de mudança ainda está acontecendo, mas ela se diz satisfeita com o resultado.

"Passei a tomar café da manhã de verdade e parei de beliscar coisas durante o dia, hábito que havia piorado demais quando parei de fumar. Deixar o sedentarismo com a bicicleta foi a melhor mudança, agora faço ioga, caminho na praia. Sinto falta se não pratico algum exercício por alguns dias", conclui Ivana.
A nutricionista Morgana Pesenti acompanhou a empreendedora durante o processo de mudança. Para ela, o desafio envolveu o incentivo para a mudança de comportamento.

"Quando falamos em balança, falamos principalmente de comportamentos no geral que favorecem o ganho, a manutenção ou a perda desse peso. Então nosso foco foi no comportamento. Mudamos alguns hábitos do cotidiano da Ivana, organizamos alguns horários para facilitar o consumo de alguns alimentos, aprendemos a perceber a sensação de fome, respeitar a saciedade e, claro, com os alimentos, sabores e preparações que a Ivana já gostava", explicou a nutricionista.

Morgana explica que uma entrevista motivacional foi realizada para conseguir estabelecer de maneira perene a mudança de hábitos realizada por Ivana. Para a nutricionista, o maior erro das pessoas é alterar seu estilo de vida baseado na restrição alimentar.

"Acredito que se priorizar foi o mais difícil. Olhar pra si mesma com prioridade, carinho e compreensão nunca é fácil, mas fundamental para o processo. Olhar para os alimentos e refeições como uma forma de nutrir o seu corpo com nutrientes e amor, é completamente diferente de comer como forma de recompensa ou punição, por exemplo. A Ivana fez um processo lindo, foi determinada, conseguiu olhar para si como prioridade. Passou a praticar atividade física, se alimentar melhor e de forma intuitiva", afirmou.,

G1SC

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