O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como "Zé Trovão", foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação, que foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (20), ocorreu na casa do investigado que fica em Joinville, no Norte catarinense. Ele também recebeu uma intimação para comparecer à sede da Polícia Federal (PF) nesta tarde.
Ao todo, 13 mandados em 29 endereços foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR) na ação que investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
Em Santa Catarina, outros dois empresários também são alvo: Alexandre Urbano Raitz Petersen e Turíbio Torres. De acordo com a PF foram cumpridos até as 10h as buscas em Joinville e São Francisco do Sul. Durante as ações, os celulares e documentos apreendidos foram encaminhados à sede do órgão.
Além das cidades catarinenses, foram cumpridos mandados no Distrito Federal, e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Ceará e Paraná. Entre os alvos dos trabalhos também estão o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o cantor Sérgio Reis. O G1 tenta contato com a defesa dos citados.
Segundo o despacho de Moraes, a Procuradoria Geral da República (PGR) sustenta que postagens e vídeos publicados demonstram que “Zé Trovão” teria convocado a população, por meio das redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos.
Ainda segundo o documento, as justificativas das medidas cautelares levaram em consideração "a atuação dos investigados na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a democracia, o estado de direito e suas instituições".
Nesta manhã, "Zé Trovão" publicou um vídeo nas redes sociais em que mostrou o mandado de busca, a intimação para prestar esclarecimentos na PF e comentou sobre o cumprimento do mandado.
"Ninguém aqui está cometendo crime, então não é justo que eu tenha que estar passando por tudo isso. Eu tenho quatro crianças, um recém-nascido. Às 6h da manhã acordamos com eles [Polícia Federal] dentro da minha residência. Não foi chamando no portão, mas sim do lado de dentro", disse.
G1
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