terça-feira, 30 de junho de 2015

Trabalho Social no condomínio será de um ano

Os moradores financiaram o imóvel em até 120 parcelas, pagando entre R$ 25,00 e R$ 80,00. As famílias repassam ainda R$ 66,00 mensais que custeiam melhorias coletivas. Quase mil pessoas moram no local

O Condomínio Pedro Filomeno de Abreu, no bairro Bela Vista/Pró-Morar, inaugurado no dia 10 de abril, segue e prioriza os mesmos critérios do programa habitacional federal Minha Casa, Minha Vida beneficiando famílias chefiadas por mulheres, com filhos menores de 18 anos, idosos, portadores de necessidades especiais e famílias retiradas de moradias em situação de risco decretada pela Defesa Civil. A renda mensal do perfil é salário de até R$ 1.600,00. Os moradores financiaram o imóvel em até 120 parcelas (dez anos), pagando entre R$ 25,00 e R$ 80,00. As famílias pagam ainda R$ 66,00 mensais que custeiam melhorias coletivas. Quase mil pessoas moram no local.
O diferencial do Pedro Filomeno são as unidades individuais de fornecimento de água potável, energia elétrica e gás de cozinha. “Cada morador paga suas contas individualmente. Inexiste a questão de um vizinho não quitar uma conta e o condomínio inteiro ficar sem água, luz ou gás”, frisa a assistente social da Secretaria de Habitação, Ana Paula Ribeiro, que esteve no empreendimento na manhã desta segunda-feira (29) acompanhando o secretário de Habitação, Ivan Magaldi Júnior, e a também assistente social Cassia Wilbert Silva.
Cassia realiza visitas relacionadas a denúncias, quando gerada demanda, encaminhadas à Secretaria de Habitação. As reclamações são efetuadas por terceiros e direcionadas pela Caixa. Entre elas estão de moradores que deveriam viver no local e não estão, repassando a moradia para outras pessoas, além de supostas trocas e vendas. A Caixa já efetuou procedimentos administrativos com intimação de moradores para esclarecimentos.
Nos casos sem solução a Caixa ingressa ação na Justiça Federal com o objetivo de retomar o imóvel – por dez anos o beneficiado estará vinculado ao financiamento até que a residência seja quitada, o que justifica a proibição de ceder, trocar, vender ou substituir titular da casa em documentação. A empresa Painel, de Joinville, é responsável por executar o Trabalho Social. A coordenadora Daiane Ribeiro explica que os plantões são realizados nas terças e quintas pela manhã.
De forma geral, as profissionais participam das reuniões noturnas informativas e educativas. O Trabalho Social será executado por um ano. Os moradores ainda estão se habituando à novidade de morar em casas geminadas ou nos sobrados (dois pavimentos), numa nova modalidade. “Elas não eram acostumadas a dividir paredes com vizinhos. Pequenos conflitos estão sendo mediados para que sejam diminuídos os índices, que já são mínimos”, pondera Daiane Ribeiro.

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