quinta-feira, 2 de julho de 2015

Toni busca solução para retirar famílias de áreas de risco

Na tarde desta quarta-feira o prefeito, acompanhado do secretário de Habitação, Ivan Magaldi Júnior, vistoriou o terreno e conversou com os moradores do seu entorno

O prefeito Toni Duarte viajou para Criciúma nesta quinta-feira (2). O destino é a Caixa Econômica Federal (CEF), na Secretaria de Patrimônio da União (SPU), onde negociará a celeridade da tramitação de documentos que passariam um terreno que pertence à União para a prefeitura. Localizado às margens da linha férrea, no bairro Ferrovia, a área, com 27 mil metros quadrados, seria usada para a construção de 73 casas geminadas. O objetivo é abrigar as famílias cadastradas na Secretaria de Habitação que estão à espera de uma residência, a maioria moradora de áreas de risco.
Na tarde desta quarta-feira (1) o prefeito, acompanhado do secretário de Habitação, Ivan Magaldi Júnior, vistoriou o terreno e conversou com os moradores do seu entorno. Alguns são catadores de lixo reciclável, outros fazem o que podem para sobreviver em meio à pobreza e precariedade do lugar, sem saneamento básico e estruturas dignas. Todos aguardam ansiosos pelo início das construções para que possam ter um lar decente.
Uma parte da área está invadida por residências irregulares, cujas famílias serão transferidas para o novo condomínio. Todas as que moram no entorno já foram cadastradas na secretaria. O terreno atualmente está ocioso, sendo ocupado de vez em quando por jovens que jogam futebol nos fins de semana. “Vamos em busca de solução para que possamos trazer essas pessoas para a inclusão social, com direito a um lar digno”, diz o prefeito.
A expectativa é que após a visita de Toni à CEF haja uma velocidade maior nas tramitações internas e burocracias. “Esperamos que no prazo máximo de um ano iniciemos a construção do condomínio, que terá os mesmos moldes do construído no bairro Várzea, que abrigará as famílias remanejadas do Complexo Ponte Grande”, diz o secretário Ivan.

Famílias aguardam a construção
Cássia Aparecida Fernandes de Melo mora bem ao lado do terreno. Uma pequena casa de madeira, que não conta com banheiro, a abriga com o marido e quatro filhos pequenos. “Faz nove anos que moro no mesmo local e espero por uma casa melhor, com banheiro e condições adequadas para criar minha família. Agora reacendeu uma esperança de que logo tudo vai se resolver”, diz.
A situação não é diferente para Daiane Guimarães Bernardo. E no caso dela há um agravante, pois reside em uma área de risco no bairro Bom Jesus. A cada chuva mais forte ela convive com o medo do desmoronamento de um barranco próximo de sua casa. “Faz quatro anos que estou cadastrada na Secretaria da Habitação, mas acredito que logo vou sair de lá”, afirma.


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