Os moradores da chamada Cidade Alta há
tempos reclamam da falta de vias marginais adequadas para o tráfego, de acessos
aos bairros e da segurança na travessia da rodovia BR-116. Para debater e
encontrar soluções a estes problemas, o vereador Enio do Vime (PSD) propôs uma
audiência pública na Câmara de Vereadores de Lages nesta segunda-feira (10). “É
uma situação complicada, de competência federal, mas quem está sofrendo são os
quase seis mil moradores que vivem nesta região”, explica o proponente.
Três pessoas fizeram uso da palavra e se
manifestaram na audiência. Marcelo de Oliveira disse que a população tem que
mendigar para que melhorias sejam feitas no local, e protestou que a Autopista
pouco fez nos sete anos de concessão no município. “Desde 2008 vem sendo
cobrado o pedágio, mas até agora não se resolveu nada em Lages”. O líder
comunitário Aldori Wolff pediu melhoria no acesso ao bairro Cidade Alta e a
construção de uma passarela sobre a rodovia para a travessia dos pedestres.
Morador da região desde 1977, José Luiz
Bentin argumentou que é necessário saber de quem é a responsabilidade pelo
trajeto, já que cidades menores possuem marginais asfaltadas. “São problemas
que só se vê em Lages, em Mafra esta questão já está certa. Tem que saber quem
é o pai da criança, se é a Prefeitura, o DNIT, a Autopista, que alguém assuma
esta responsabilidade”, disse.
O Departamento Nacional de Infraestrutura
e Transportes (DNIT) não tem jurisdição para atuar na 116 já que, após a
concessão, a responsabilidade federal pelo que acontece no trecho é da ANTT.
Sobre a velocidade na via, o supervisor local Ênio Spieker disse ela só vai
aumentar após a construção de passarelas (sendo que duas estão previstas - para
Índios e entre os bairros São Pedro e São Paulo) e que lombadas eletrônicas
devem ser colocadas nas marginais da 282 (posteriormente na 116) para coibir
acidentes graves.
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