O
deputado Fernando Coruja ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para
chamar a atenção sobre a criação, em Florianópolis, de uma Central de Regulação
do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU), em substituição às atuais
oito centrais regionais. Segundo a proposta, que será apresentada amanhã
pelo governo do Estado, na prática a operação das ambulâncias e o
encaminhamento aos hospitais continuam os mesmos, mas a coordenação e a
logística de funcionamento teriam uma central única, que receberia as ligações
e distribuiria o atendimento.
Coruja,
que é médico, chamou a atenção para o que considera a diferença entre a vida e
a morte de um paciente: a agilidade no atendimento. E questionou: "esta
mudança vai ser capaz de reproduzir o modelo atual com a mesma eficácia e
eficiência?".
Para
Coruja, "é importante levar em conta a questão de deslocamento tendo em
vista a localização e dificuldades de acesso nas várias regiões e isso é
suficiente para que secretaria de Saúde do Estado avalie muito bem o grau
de responsabilidade que essa iniciativa representa já que, teoricamente, haverá
mais demora no atendimento". Atualmente o tempo médio de atendimento é de
10 minutos e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de
Saúde de SC (Fetessesc), calcula que vá demorar 50% a mais para dar o start na
chamada para acionar a ambulância e buscar vagas em hospitais, neste novo
modelo.
Na
opinião do parlamentar catarinense, trata-se de uma atitude de risco, que deve
ser levada em conta pela Secretaria de Saúde do Estado que deverá economizar,
com isso, de R$1,5 milhão a R$2 milhões por mês . "Neste caso,
especificamente, mais importante que a economia de recursos é a
responsabilidade de continuar oferecendo atendimento ágil e competente à
população catarinense, salvando vidas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário