Um professor do ensino fundamental de Santa Catarina foi condenado a 31 anos e um mês de reclusão, em regime inicialmente fechado, por estupro de vulnerável contra três alunas. Segundo a decisão da Justiça divulgada na sexta-feira (30), as vítimas foram abusadas por mais de sete vezes ao longo de um ano dentro de uma escola. Cabe recurso.
O processo tramitou em segredo de justiça, na 2ª Vara da comarca de Itapoá, no Norte de Santa Catarina. Após a instrução processual, ficou comprovado que o professor usava da autoridade que tinha sobre as vítimas para ficar sozinho com as alunas na sala de aula ou na biblioteca e praticar os abusos. As crianças tinham idade entre 10 e 12 anos.
O réu ainda foi condenado ao pagamento de indenização pelos danos morais causados às vítimas, no valor de R$ 51 mil. Porém, por se tratar de processo criminal, a indenização foi fixada apenas no valor mínimo de reparação. As vítimas podem ainda buscar o complemento de valores por meio de ação de natureza cível.
A sentença do Juízo da Comarca de Itapoá é passível de apelação, informou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). No entanto, o professor, preso preventivamente desde o dia 11 de março, não pode recorrer dela em liberdade. Detalhes do caso não foram divulgados por conta do sigilo no processo penal, conforme determinado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Investigações começaram a partir de denúncia de estupro
Os pais começaram a suspeitar da situação em 2019, quando um aluno relatou à mãe que o professor praticava "bullying" contra ele. Mais tarde, em 2020, o pai de uma aluna descobriu que ela teria sido vítima de estupro pelo professor no ano anterior.
Imediatamente o pai fez a denúncia à Polícia Civil. Segundo ele, exames feitos no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville comprovaram que a menina havia sido violentada.
G1SC
Nenhum comentário:
Postar um comentário