terça-feira, 3 de agosto de 2021

Condenado por violência sexual contra alunas, professor de SC cumprirá 31 anos de reclusão


 Vítimas foram abusadas por mais de sete vezes ao longo de um ano dentro de uma escola. Crianças tinham idade entre 10 e 12 anos.

Um professor do ensino fundamental de Santa Catarina foi condenado a 31 anos e um mês de reclusão, em regime inicialmente fechado, por estupro de vulnerável contra três alunas. Segundo a decisão da Justiça divulgada na sexta-feira (30), as vítimas foram abusadas por mais de sete vezes ao longo de um ano dentro de uma escola. Cabe recurso.


O processo tramitou em segredo de justiça, na 2ª Vara da comarca de Itapoá, no Norte de Santa Catarina. Após a instrução processual, ficou comprovado que o professor usava da autoridade que tinha sobre as vítimas para ficar sozinho com as alunas na sala de aula ou na biblioteca e praticar os abusos. As crianças tinham idade entre 10 e 12 anos.


O réu ainda foi condenado ao pagamento de indenização pelos danos morais causados às vítimas, no valor de R$ 51 mil. Porém, por se tratar de processo criminal, a indenização foi fixada apenas no valor mínimo de reparação. As vítimas podem ainda buscar o complemento de valores por meio de ação de natureza cível.


A sentença do Juízo da Comarca de Itapoá é passível de apelação, informou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). No entanto, o professor, preso preventivamente desde o dia 11 de março, não pode recorrer dela em liberdade. Detalhes do caso não foram divulgados por conta do sigilo no processo penal, conforme determinado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.



Investigações começaram a partir de denúncia de estupro

Os pais começaram a suspeitar da situação em 2019, quando um aluno relatou à mãe que o professor praticava "bullying" contra ele. Mais tarde, em 2020, o pai de uma aluna descobriu que ela teria sido vítima de estupro pelo professor no ano anterior.


Imediatamente o pai fez a denúncia à Polícia Civil. Segundo ele, exames feitos no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville comprovaram que a menina havia sido violentada.


G1SC

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