O consumidor tem que retomar o hábito de comparar preços ou investir nele para amenizar o peso da inflação. A orientação é da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), que encontrou grandes variações de preço nos estabelecimentos em todos os produtos pesquisados.
A carne é um exemplo. O mesmo corte, coxão duro, foi encontrado por valores que vão de R$ 28,98 a R$ 47,50 na pesquisa de campo realizada em outubro nas redes de supermercado do país. A bisteca suína variou de R$ 14,98 a R$ 23,99. No primeiro caso, 64% de diferença. No segundo, 60%.
O quilo do frango inteiro era oferecido por R$ 9,89 em um mercado e R$ 12,99 em outro (31% mais).
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, explica que a disparidade no que é cobrado se explica por uma série de razões. Pode entrar na conta desde a estratégia de cada lojista, com as promoções para determinados itens, até os custos com frete, energia elétrica e tudo o que o empresário teve de gastar para comprar o produto e manter o estabelecimento.
As variações não ficam só na carne. A Abras encontrou, por exemplo, em 13 lojas pesquisadas, variações de 35% no saco de 5 quilos da mesma marca de arroz analisada (Camil), de R$ 17,59 a R$ 23,79.
Levando em conta 32 marcas, a distância é maior. A mais barata (Arrozal) teve como preço máximo R$ 15,49 no pacote de 5 quilos. O Albaruska saía por R$ 29,90, valor 93% mais salgado.
O consumidor que não é fiel a uma marca tende a economizar. Em relação ao café, em 15 fabricantes pesquisadas, a variação chegou a 119% na embalagem de 500 gramas. O Jardim custava R$ 7,49, enquanto o Pilão, até R$ 16,39.
O espaguete de sêmola, 500 gramas, foi além, com 196% de diferença no preço do Da Mama (R$ 1,89) para o Barilla (R$ 5,59).
R7
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